Recém-nascido em estado grave agoniza na ausência de UTI neonatal em Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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Recém-nascido em estado grave agoniza na ausência de UTI neonatal em Fernandópolis

A falta de uma UTI neonatal na Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis continua sendo problema grave para os recém-nascidos que necessitam de cuidados especiais. Por meio de denúncia, o CIDADÃO apurou, nesta quinta-feira, 6, o caso do bebê Miguel Biscasse Martins, nascido no primeiro domingo de junho, 2, em Fernandópolis.

Na ocasião, após duas semanas transcorrendo com a equipe de médicos do hospital adiando o parto, o bebê nasceu com uma anomalia que fez com que seu coração apresentasse um tamanho inadequado para sua idade.

Segundo André Rodrigo Martins da Silva, pai de Miguel, os enfermeiros do hospital informaram que o estado da criança é grave e necessita de transferência urgente para outro hospital com atendimento especializado. André disse à reportagem do CIDADÃO que já esperou por mais de quatro dias pela transferência - que até o momento não veio.

As notícias são cada vez piores pela falta de vagas em unidades que possuem o atendimento, como em Jales e São José do Rio Preto. A mãe do recém-nascido, Micheli de Oliveira Biscasse, desde que deu a luz, não saiu do lado de seu filho esperando por um milagre ou, simplesmente, uma transferência que salve a vida dele.

Desde 2011, por meio do juiz Evandro Pelarin, da 1ª Vara Criminal e Anexo da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Fernandópolis, foi determinado que 13 municípios da microrregião – além de Fernandópolis, repassassem os valores que faltam para a conclusão das obras da UTI neonatal da Santa Casa de Misericórdia. A sentença foi prolatada no processo 475/2011, de autoria do Ministério Público Estadual e subscrito pelo 2º Promotor de Justiça, Denis Henrique Silva.

REIVINDICAÇÃO

A campanha pela unidade de terapia intensiva começou depois que, em dezembro de 2007, a doméstica Rita de Cássia dos Santos perdeu as filhas gêmeas por falta de vagas na região.

Em 2008, um movimento que colhe assinaturas em Fernandópolis e região, por meio de em documento, reivindicou ao secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, uma UTI neonatal para a Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis.

Porém, mesmo com as mortes e toda a mobilização da população fernandopolense, nada saiu do papel