Esquecida, ZPE segue sem nenhum investimento

20 de Agosto de 2025

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Esquecida, ZPE segue sem nenhum investimento

Faltando exatos 16 dias para o termino do prazo estipulado no decreto Decreto Presidencial de 8 de julho de 2011, assinado pela presidente da República, Dilma Rousseff sobre a implantação da ZPE – Zona de Processamento e Exportação – de Fernandópolis, nada foi feito, até o momento,  pela empresa Di Crivelli Arquitetura e Construções LTDA, que recebeu de Vilar todas as ações da ZPE fernandopolense por R$ 5 mil.

O decreto assinado pela presidente impõe que pelo menos 10% do projeto esteja pronto até o próximo dia 13, um investimento de pouco mais de R$ 12 milhões, o que significa, praticamente, que Fernandópolis já perdeu a ZPE, já que nada foi investido até o momento. O fim de um sonho implantado na mente do povo desta terra.

O CIDADÃO tentou entrar em contato com a Di Crivelli em todos os números telefônicos relacionados à empresa, mas nenhuma das ligações foi atendida.       Em contato com a prefeitura, esta informou que o Secretário Municipal de Desenvolvimento Claudecir Vergínio, também já tentou contato com a empresa diversas vezes, porém, ainda não recebeu nenhum retorno.

DI CRIVELLI

A Di Crivelli Arquitetura e Construções LTDA, da cidade de Bauru, interior de São Paulo, entrou na história da ZPE fernandopolense no último dia útil do mandato do ex-prefeito de Fernandópolis Luiz Vilar de Siqueira.

Vilar doou as 5 mil ações empresa administradora da Zona de Processamento de Exportação de Fernandópolis, que ele havia revertido ao patrimônio do município  quatro dias após sua derrota nas eleições do ano passado.

Por cada ação foi “cobrado” R$ 1, num total de R$ 5 mil. Sendo assim, uma EPP – Empresa de Pequeno Porte -, passou a administrar o maior sonho da população fernandopolense.

Com a entrada do novo ano, Ana Bim assumiu a prefeitura e recebeu logo em seu primeiro dia de mandato esta informação. No entanto, ainda não era possível afirmar quais foram as reais intenções do ex-prefeito nessa transação. Sabia-se apenas que uma EPP teria até o próximo dia 13 de junho para investir cerca de R$ 12 milhões – ou 10% do projeto na área destinada a implantação da ZPE.

De lá para cá, cinco meses se passaram. O presidente da antiga empresa administradora da ZPE, José Ataídes Nunes, chegou a convocar uma coletiva de imprensa, para acalmar os rumores de que a cidade havia perdido a tão sonhada ZPE.  

Nesta coletiva, que foi realizada ainda em janeiro, José Ataídes afirmou que seis meses depois, com todos os aspectos técnicos e políticos resolvidos, o grupo gestor estaria apto a procurar empresas para se instalarem na área de Fernandópolis e a partir daí, a ZPE demoraria cerca de um ano e meio para enfim começar a apresentar suas principais vantagens para a cidade. Cinco meses já se passaram e nada.

Indagada sobre a possibilidade de reverter a ação tomada pelo ex-chefe do executivo, a prefeitura informou que conforme “Termo de Doação” de 26/12/2012, item 2.2, a empresa tem até o dia 10/07/2013 para incorporar o imóvel onde será instalada a ZPE. Somente se isso não ocorrer, a empresa será penalizada com a reversão das ações ao patrimônio do Município de Fernandópolis.

Porém, o prazo estipulado no decreto assinado por Dilma, vai até o dia 13 do próximo mês. Se esperarem até lá, pode-se dar adeus a famigerada “fonte” de esperança de um futuro promissor para Fernandópolis.