Apreciar uma boa peça de teatral é uma atividade cultural realizada pela humanidade há muito tempo. Desde a sua criação na Grécia antiga, o teatro sempre esteve presente nas sociedades como forma de representação das culturas, de histórias ou de conceitos de um povo.
Diante desta arte consagrada no mundo, o CIDADÃO foi em busca de um talento fernandopolense do teatro, Isaac Ruy, de 25 anos, que atua como ator, diretor e professor de teatro no cenário regional, além de fazer parte de companhias de espetáculos em São José do Rio Preto.
Em entrevista, Isaac conta que seu primeiro contato com o teatro aconteceu aos nove anos, quando suas professoras do ensino fundamental, observando seu jeito irreverente e extrovertido na escola, o convenceram para que participasse da IV Mostra Estudantil de Teatro de Fernandópolis. Apesar das influências, Isaac conta que sempre sentiu que sua vida seria voltada à arte: “Com seis anos comecei a escrever poesias e contos, hábito que cultivo até hoje” enfatiza.
Foi então, aos 15 anos, que Isaac tomou a iniciativa de encarar o desafio de fazer arte como profissão e, com apoio dos pais que sempre o incentivaram a desenvolver múltiplos talentos e se dedicar ao sonho de ser artista de teatro, se entregou aos palcos. Hoje, o jovem faz parte da Cia. Girasonhos, além de ter fundado o próprio grupo de teatro, o Mon'onírico, e dar aulas de representação também em Fernandópolis para alunos da rede pública e particular.
O ator afirma que o talento não é tudo no teatro, sendo assim uma arte extremamente convidativa às pessoas que queiram experimentar as sensações das representações. “Um pouco de talento colabora para o desenvolvimento e para conquistar mais rapidamente um espaço nos palcos, mas sempre digo aos meus alunos que a força de vontade é a grande motivadora para ser artista” diz Isaac.
Além disso, o jovem ator lembra o fato de que o teatro auxilia muito pessoas que sofrem de timidez ou medo de falar para grandes públicos. Ele explica que, através de dinâmicas de grupo, jogos de improviso e exercícios para articulação e projeção da voz, o teatro consegue desinibir pessoas que sofrem de problemas relativos à socialização, além de desenvolver habilidades cognitivas e de expressão.
Isaac afirma que, apesar das dificuldades da profissão, escolheu o teatro pelo amor ao processo da realização da arte e na satisfação de observar a concretização de meses de ensaio sendo difundidas como forma de diversão, reflexão e emoção ao público. “A brincadeira de enganar e de viver personagens diferentes de você, criar e aprender com pessoas que não existem além do papel, é incrível”.