Ao longo de seus 73 anos, Fernandópolis já recebeu várias denominações, como a cidade do café, do algodão, da educação, etc. No entanto, em meio a todas essas denominações, cabe outra: a cidade dos artistas.
É incontável a variedade de artes criadas pelas mãos de artistas fernandopolenses. Pinturas, esculturas, grafites, teatro, dança, música, enfim, tudo que está relacionado a arte é produzido brilhantemente em Fernandópolis. Isso é o que o CIDADÃO irá mostrar, a partir de hoje, em uma série especial de entrevistas.
Para começar a série, o CIDADÃO visitou o ateliê dos artistas Gabriel de Andrade e Maria Trevisan, a Bila.
Gabriel começou a pintar sozinho em 1971. Na época, ele trabalhava como topógrafo e pintava nas horas vagas. Hoje, ele tem a pintura como uma profissão e, seus quadros, todos feitos com natureza morta, fazem sucesso por onde passam sendo, inclusive, material de exportação.
“Tenho bastantes quadros fora do Brasil e vendo muito para cidades como Prudente, Campo Grande, Rio Preto, Ribeirão Preto, Marília, mas, em Fernandópolis, são poucas as pessoas que conhecem o meu trabalho”, destacou o artista.
Gabriel Nasceu em Álvares Florence, mas reside em Fernandópolis há pouco mais de 20 anos. Seu estilo chama atenção por características marcantes que servem, de certa forma, como uma assinatura.
“Eu vejo um quadro dele e não preciso nem perguntar, pois suas características são únicas. A luz vem sempre do lado esquerdo para o direito, ele sempre usa várias cores combinando-as incomparavelmente. Sem falar no sombreamento, que ele faz como ninguém”, afirmou Dagmar de Souza, especialista em arte.
Já dona Bila, como ficou conhecida ao longo de sua carreira como professora de educação artística, faz um tipo de arte totalmente diferente da de Gabriel. Ela faz pinturas em azulejos. Um trabalho minucioso, rico em detalhes e, acima de tudo, belo.
Sua arte já é muito reconhecida na cidade. Várias casas possuem cozinhas e banheiros personalizados por pinturas de dona Bila.
“Já pintei muitas cozinhas e banheiros. Sempre gostei e o resultado eu achava lindo. Sempre que eu ia fazer alguma coisa, procurava fazer o melhor, por isso, muita gente me procurava e procura até hoje”, frisou a artista.
No entanto, a especialidade de dona Bila é jogos de jantar. Seus desenhos delicados e, ao mesmo tempo, marcantes já atravessaram o mundo. Ela já exportou suas obras para países como Japão e Estados Unidos.
Assim como eles, Fernandópolis possui outros vários artistas. Cada um com sua característica, mas todos competentes e dedicados de corpo e alma a arte. Na semana que vem, o CIDADÃO traz mais alguns exemplos desta realidade.