Com "administração caseira”, FEF volta a respirar

20 de Agosto de 2025

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Com "administração caseira”, FEF volta a respirar

Após herdar uma gigantesca dor de cabeça estimada em R$ 60 milhões de seu antecessor Luiz Vilar de Siqueira, o atual presidente da FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis –, Paulo Sérgio Nascimento, encontrou dentro da própria instituição, o auxilio que precisava para reerguer um dos maiores patrimônios municipais.

Com os salários de todos os funcionários em dia, o reparcelamento de algumas dívidas e a quitação de outras, aliadas a boas notícias como o ingresso maior do que a saída de alunos, a conquista de uma quadra poliesportiva por meio de dois deputados e a breve instalação da rádio universitária, a FEF se encontra de fôlego renovado na batalha que parecia já ter perdido.

A receita para essa reviravolta em tão pouco tempo foi a criação de um conselho constitutivo entre a presidência, coordenação, professores e demais funcionários da instituição.

“Todos os anos contratávamos uma empresa de fora para prestar consultoria especializada aqui. Eles vinham, indicavam um monte de coisas que deveriam ser feitas e, no final, só levávamos lambadas. Agora, criamos o conselho, pois são as pessoas que convivem aqui, que sabem realmente o que a instituição precisa. E isso tem dado bons resultados”, afirmou Nascimento, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, 20.

DÍVIDAS

Ainda durante a coletiva, Paulo Nascimento reafirmou que a dívida da FEF chega a R$ 60 milhões, mas que agora, o “pior já passou”. As dívidas tributárias já foram acertadas e as CRDs já estão em dia.

“Hoje, tudo que estamos comprando pagamos em dia. Estamos em negociação com os fornecedores e bancos das contas antigas, mas, atualmente, não temos nenhum tipo de passivo, nem trabalhista, nem com fornecedores. Estamos pagando uma média de R$ 4 milhões em dívidas antigas por ano”, frisou o presidente. 

RONDONÓPOLIS

Segundo Paulo, o campus da FEF segue penhorado em virtude do empréstimo contraído por Vilar. No entanto, já há compradores interessados na área onde seria construído o campus avançado da instituição em Rondonópolis e o valor pago pelo terreno cobriria as despesas com o banco.

“Já foi feita a proposta, o Banco do Brasil já aceitou e o comprador vai pagar diretamente ao banco que retirará a FEF do polo passivo. Isso já passou pelos conselhos curador e fiscal e foi aprovado”, disse.

FEF E SUA IMPORTÂNCIA

Além de movimentar a economia da cidade com seus mais de quatro mil alunos, a instituição fundada por grandes homens da sociedade fernandopolense, há mais de 29 anos, desempenha um grande papel social na cidade.

Um exemplo claro dessa realidade pode ser observada nas Clínicas integradas da FEF, que atende mais de 40 mil pessoas de Fernandópolis e região por ano, nas áreas de enfermagem, fisioterapia, nutrição, serviço social, terapia ocupacional, pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, laboratório de análises clínicas e farmácia escola.