É bom relembrar a importância da prevenção de cânceres

20 de Agosto de 2025

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É bom relembrar a importância da prevenção de cânceres

Ontem foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data onde se comemora as conquistas sociais, políticas e econômicas do chamado sexo frágil. Mas, além de se comemorar as conquistas, é importante relembrá-las sobre a importância da prevenção, em se tratando de câncer de mama, o que mais acomete as mulheres em todo o mundo.

Neste aspecto, as mulheres de Fernandópolis e de mais 92 cidades da região são privilegiadas. Isso porque, no dia 23 de novembro do ano passado, a Fundação Pio XII – mantenedora do Hospital do Câncer de Barretos – inaugurou, no prédio do antigo hospital da AVCC, o Instituto de Prevenção “Julia Marzola Faria”.

O prédio, que tem 3.012 m² de área construída, a princípio está recebendo todas as demandas de cânceres de mama e, posteriormente, com a conclusão da segunda etapa da obra, atenderá as demandas de cânceres de colo de útero, de pele, próstata e digestivo. São realizados 360 atendimentos semanalmente (cerca de 1400 mensais).

PREVENÇÃO

De acordo com a médica Renata Rezende, responsável pela unidade fernandopolense, o câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem cura.

“Quando falamos sobre preventivo do câncer de mama, a única coisa que existe hoje estabelecido é a mamografia. O câncer de mama quando, diagnosticado no início, tem cura e é ai que está à importância de realizar a mamografia. Pode-se salvar uma vida através de um simples exame”, afirmou a médica.

Ainda segundo a médica, a partir dos 40 anos, a mulher deve fazer a mamografia anualmente, até completar 69 anos.

“Entre os 35 e 40 anos, é importante que as mulheres que tenham casos de câncer na família se atenham a nódulos nos seios. Se encontrado, é preciso procurar um médico que, se achar necessário, a encaminhará para nós”, frisou a especialista.

SUPERAÇÃO

Se o câncer de dona Eloisa Almeida Zocatelli tivesse sido detectado precocemente, ela teria evitado a retirada de parte da mama e o sofrimento com as temidas quimioterapia e radioterapia.

“O médico que me operou disse que eu já estava com o câncer há mais de dez anos. Eu fazia os exames todos os anos e não dava nada. Um dia, um dos meus filhos me deu um abraço forte e eu senti muita dor. Oito dias depois, apareceu um caroço no meu seio. O médico explicou que o tumor estava alojado em baixo da costela e com o aperto de meu filho, ele subiu. Foi quando conseguiram descobrir”, afirmou dona Eloisa.

Ela passou por uma cirurgia onde precisou retirar parte do seio e passou por 30 quimioterapias para a eliminação do câncer. Hoje, depois de muito sofrimento, dona Eloisa está bem e aconselha as mulheres a se cuidarem agora para não sofrer mais depois.

“Tem muita gente que não aceita fazer o tratamento, morre por ignorância, por não aceitar. Eu perdi os cabelos, as unhas, mas ganhei, até agora, mais quatro maravilhosos anos de vida e vou viver muito mais, se Deus quiser”, concluiu.