Fernandopolense de verdade sente um aperto no peito ao passar pela Avenida Expedicionários Brasileiros e ver a antiga e memorável casa da família Rolim sendo demolida.
Adquirida pelos empresários José Luís Dela Rovere e Valter Luiz de Almeida, o “Peteca”, a casa dará espaço para um novo empreendimento. Todavia, eles se preocupam com o destino do grande mosaico que fica em frente à casa. Segundo Peteca, a obra representa os filhos do ex-prefeito Edison Rolim.
Cássia Dela Rovere, esposa de José Luís, ressalta que entende a importância da obra para a cidade e pede a colaboração da prefeitura para a retirada do mosaico, sem lhe causar danos, para que posteriormente ele seja fixado em outro lugar. Porém, ela pede que seja rápido.
O secretário de cultura, Vicente Renesto, contou a redação do CIDADÃO que um memorando já foi entregue à prefeita Ana Bim, em regime de urgência, ressaltando a importância da retirada do mosaico e sugere alguns possíveis locais que poderiam abrigá-lo, em definitivo, como a praça do bairro São Bernardo que ainda não homenageia ninguém. Ainda segundo o secretário, a prefeita analisará o memorando o quanto antes.
Edison Rolim
Edison Rolim foi prefeito de Fernandópolis por duas vezes: de 1952 a 1955 e de 1960 a 1963. Foi ele quem deu início à construção da Santa Casa de Misericórdia, de alvenaria ao prédio da Estação Ferroviária, viabilizou a instalação da Comarca de Fernandópolis, fez a estrada municipal que liga o município ao de Macedônia, instalou o Banco do Brasil e a Regional da Secretaria da Fazenda, construiu o antigo paço municipal da Rua São Paulo e ainda eu tempo de lançar a pedra fundamental da Maternidade da Santa casa.
Daqui a alguns dias, precisamente no dia 18 de março, completa-se nove anos da morte de Rolim. Em 2004, aos 80 anos de idade, o ex-prefeito deixava a esposa Belkiss de Arruda Campos Rolim, irmãos, filhos e netos.