Há cerca de 20 dias, quando definimos o entrave na Câmara Municipal para a realização da Expo de Fernandópolis deste ano como uma novela, jamais imaginar-se-ia que ela teria tantos capítulos assim.
Na semana passada, em uma reunião no gabinete da prefeita, imaginou-se que o imbróglio se encerraria na sessão desta terça-feira, 26, porém, já na sexta, 22, a dramaturgia dava sinais de que isso não ocorreria tão fácil quanto se esperava. E os sinais se confirmaram.
Em uma sessão marcada por projetos e requerimentos pífios, o tema mais aguardado pela população fernandopolense, mais uma vez, sequer entrou na pauta. A desculpa desta vez: nem eles souberam explicar.
“Eu não sei. Eu quero resolver esse assunto logo, mas o projeto não pode chegar aqui que eles barram. A prefeita já cedeu em praticamente tudo que eles pediram, até na questão de conceder o alvará para festas fora da Expo e, mesmo assim, o trem segue empacado”, afirmou o presidente da Câmara Francisco Arouca Poço.
De acordo com o vereador André Pessuto, um dos que encabeçam a oposição à festa, o projeto no entrou em pauta por regime de urgência por conta de um dispositivo que, segundo ele, a prefeita insiste em manter.
“O que mata é esse ‘ou também’. Assim, a gente está autorizando ela a fazer o que quiser”, bradou o vereador se referindo ao artigo 3º do projeto de lei, que dispõe sobre a realização da festa mediante licitação, ou, também, diretamente mediante nomeação por decreto municipal.
Indignado com mais um dia de atraso no projeto, o vereador Rogério Chamel utilizou a tribuna para se queixar da falta de vontade dos companheiros, em relação a este tema. “Eu fico indignado com isso. Ai vem gente aqui e fala que ama Fernandópolis. Ama nada, ama só seus interesses. Mais uma semana se passou e nada” , declarou Chamel.
O próximo capítulo da novela deverá ocorrer na próxima quinta-feira, quando as comissões se reúnem.