Em redes sociais, como Facebook, mais de 350 pessoas já aderiram à causa
Através da internet, por meio de redes sociais, e pelos principais meios de comunicação da cidade, parentes e familiares do garoto fernandopolense João Pedro Moreira Azevedo - portador de leucemia com apenas seis anos de idade, buscam conscientizar a população para que o número de doadores de medula óssea aumente na região.
O pai do garoto, Claudio José, afirma que a sensibilização da gerou fatos novos relacionados ao caso do filho. A partir do próximo dia 25, o hemocentro de Fernandópolis e a família farão uma campanha específica em nome do garoto. Panfletos, cartazes e camisetas serão confeccionados para maior visibilidade e comoção social.
ENTENDA O CASO
João Pedro é portador de Leucemia Mielóide Aguda, uma doença grave que age como um câncer, gerando disfunção e bloqueio da produção de células importantes para uma boa saúde como hemácias, leucócitos e plaquetas. Os níveis irregulares destas células causam, em primeiro momento, insuficiência respiratória agregada à fraqueza e anemia. Com o desenvolvimento da doença, o portador pode ficar mais suscetível a contrair infecções perigosas com grande risco à saúde.
O tratamento da enfermidade é feito basicamente por medicamentos que controlam os sintomas da doença e pela quimioterapia. No caso de João Pedro especificamente, a leucemia só pode ser curada através de uma transfusão de medula por algum doador compatível. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, INCA, o portador de leucemia tem 25% de chances de encontrar uma medula compatível na própria família, o que infelizmente não é o caso de João Pedro. Os números desta porcentagem diminuem drasticamente quando saem da esfera familiar.
DOAÇÃO
Para se tornar um doador é preciso ter entre 18 e 54 anos de idade, não ter antecedentes de câncer e estar em bom estado de saúde. Após isso, preencher um formulário com dados pessoais e disponibilizar através de coleta no hemocentro mais próximo uma pequena quantidade de sangue para amostra. Esta amostra vai então para um sistema computadorizado que define os níveis de compatibilidade da medula do doador e da medula do paciente.
Caso haja compatibilidade, existem dois métodos de coleta: No primeiro o doador passa por uma cirurgia de pouco risco e indolor onde são retiradas amostras de medula por aspiração dos ossos da bacia. Em menos de duas horas a cirurgia tem seu fim. Depois de algum tempo de repouso o doador é liberado.
No outro método, denominado “sangue periférico”, o processo acontece a partir de medicamentos que aumentam o número de células-tronco, fazendo com que circulem pela corrente sanguínea. Assim, são facilmente coletadas por aparelhagem específica.
De acordo com Felipe Wendel, responsável pelo setor de comunicação do Hemocentro de Fernandópolis, é importante existir pró-atividade social em favor desta atitude, tendo em vista que as chances de encontrar um doador compatível nos bancos de dados do REDOME - Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea -, no Brasil, são de um para 100 mil.
A coleta da amostra de sangue para exame de compatibilidade de medula óssea no Hemocentro de Fernandópolis é feita de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h. Para informações específicas, o telefone de contato do Hemocentro de Fernandópolis é o: (17) 3442-5544. Quanto maior o número de doadores mais chances de salvar vidas.