Com os ânimos exaltados desde o início da sessão, o vereador Maurílio Saves disparou um “Era só ter vontade e ler direitinho que não haveria dúvidas”, contra a vereadora Neide Garcia em relação ao pedido de vistas que ela fez sobre o projeto de Lei Nº 02/2013 sobre a abertura de crédito adicional suplementar, parte por excesso de arrecadação, parte por redução no valor de R$ 2.800.564,28.
Neide pediu vistas alegando que não teria sido respondida a cerca de dúvidas que tinha sobre o projeto.
“Lendo esse projeto tive algumas dúvidas e pedi informações, que até agora não chegaram e por isso peço vista até a próxima sessão. No inciso 2º do parágrafo 3º, diz que o valor remanescente de R$ 1.396.564,28 será coberto com recursos provenientes do excesso de arrecadação, mas e se não houver excesso de arrecadação? Por que a nossa prefeita não faz esse remanejamento com os 15% que deixamos do orçamento para ela trabalhar? Eu ainda tenho dúvidas por isso é que eu fiz o pedido de vistas”, disse Neide.
Deu-se início então a uma intensa discussão. “Quem quer ajudar a cidade nas emergências vai à prefeitura e se esclarece. Não há mal nenhum nisso eu e outros vereadores fizemos isso. Nós fizemos um juramento de bem servir a cidade e não se servir dela. Mesmo que não provado o excesso de arrecadação, nobre vereadora, se vossa excelência leu o projeto vai observar que é fruto de convênios que aqui já estão rubricados. Portanto, se a senhora ainda está desinformada aqui temos 12 vereadores muito bem informados”, bradou Saves.
Logo após as palavras de Saves o vereador Rogério Chamel também entrou na discussão.
“Esse projeto já é conhecido por nós vereadores reeleitos, assim como o 03/2013 e o 04/2013, pois essa questão do PAC2 já foi aprovada por nessa casa. Nós vereadores temos que atender sim todos os pedidos de dúvidas uns dos outros, mas esse projeto tem o parecer jurídico de
Neste momento Neide retomou a mesma pergunta. “Se está esperando o excesso de arrecadação até o final deste ano por que não usa os 15%? E senão houver excesso de arrecadação? Do mesmo jeito as obras não vão ser concluídas”, disse.
Chamel passou a resposta para Maurílio Saves que pediu a atenção dos vereadores na análise dos projetos. “Os vereadores têm que se ater ao que está no projeto. Esse crédito é adicional especial, não tem dotação orçamentária e está abrindo por que os convênios vão vir. O dinheiro vai vir do governo, cujos convênios já estão firmados e estão dentro do projeto. Era só ter vontade e ler direitinho que não haveria dúvidas. Quando eu sei que há alguma dúvida plausível eu sou favorável, hoje vou ser contrário, pois sei as circunstâncias que estão levando a isso e eu não gosto disso”, completou o vereador.
Logo após, o pedido de vista foi para votação e recusado pelo plenário por 12 votos a um. Depois de negado o pedido de vista o projeto foi aprovado pelos mesmos 12 votos. Neide se absteve.