É inegável o sentimento de otimismo em relação ao progresso que duas grandes conquistas poderão trazer para nossa região nos próximos anos. Uma, é advinda do governo estadual: a duplicação da Rodovia Euclides da Cunha, SP 320, também relatada nas páginas dessa edição. A outra é fruto do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento – do governo Federal: a Ferrovia Norte-Sul.
As duas serão capazes de provocar o surgimento de empreendimentos privados, estimulando assim a abertura de empregos, geração de renda, arrecadação aos cofres dos municípios, enfim, o desenvolvimento das comunidades sob influência direta e indireta da rodovia e também da ferrovia.
Quando estiver pronta, a Ferrovia Norte-Sul irá conectar o Noroeste paulista a Belém (PA). O andamento das obras no trecho que corta a região é o mais adiantado entre os cinco lotes da Extensão Sul da ferrovia e ligeiramente mais avançado em relação ao cronograma geral de todo projeto.
Na vizinha Estrela D’Oeste, uma empresa terceirizada já realiza a sondagem do solo para o inicio dos trabalhos. Em recente reunião com a prefeita de Estrela D’Oeste, Cida Gomes, o engenheiro e superintendente de construção da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, Eduardo Werner Hackradt, responsável pela construção Norte-Sul na região, informou que as obras da ferrovia deverão ser concluídas em junho de 2014.
Segundo Werner, os trabalhos em Estrela deverão ser iniciados em março do próximo ano e para tal, um pátio de intercâmbio deverá ser instalado na cidade.
“De acordo com o projeto executivo, o pátio de intercâmbio será instalado em Estrela D’Oeste, sendo que o processo de desapropriação das áreas onde passará a ferrovia e será instalado o pátio já estão em fase de conclusão”, disse o engenheiro.
Ainda de acordo com o engenheiro, a ferrovia irá gerar de 500 a 600 empregos diretos em Estrela, ainda na fase de construção. “Ao se iniciar as obras dentro do município, será repassado o excesso devido da supervisora que faz o controle da obra, o que traz a previsão de geração de 500 a 600 empregos diretos”, explicou Eduardo Werner.
O trajeto de 665 quilômetros, de Ouro Verde (GO) a Estrela d´Oeste, nasceu da necessidade de baratear o custo do transporte de produtos da região, como grãos, farelo, óleo de soja, fertilizantes, álcool, açúcar, entre outros.
A ferrovia Norte Sul é a grande aposta do governo para resgatar o modal ferroviário no Brasil. A estimativa é que o escoamento da produção reduza o frete em 30% em relação ao do rodoviário.
O trecho Ouro Verde/Estrela vai atravessar o sul de Goiás, a extremidade oeste de Minas Gerais e o extremo oeste de São Paulo. A maior parte da ferrovia, 60% dela, será construída em terras goianas, passando por 26 municípios. No Estado de Minas, a ferrovia passará por cinco cidades, dentre elas Iturama e Carneirinho.
FERNANDÓPOLIS
Em nossa região, além de Fernandópolis e Estrela d’Oeste, seis municípios receberão as linhas: Dolcinópolis, Guarani d ‘Oeste, Jales, Ouroeste, Populina e Turmalina ao longo de 66 quilômetros. De acordo com dados da Valec, os nove municípios totalizam 136.659, numa área de 2.178 quilômetros quadrados.
No município de Fernandópolis, deverá ser instalado o pátio de manobras da ferrovia, nas proximidades do aterro sanitário, a cerca de 6 km do perímetro urbano.