Tem muita gente cruzando os dedos, com medo do azar que, segundo as mais tradicionais superstições, advirá no próximo ano, que termina com a dezena “13”.
Caso você não tenha 101 anos ou mais, será a primeira vez (e a última) que nós viveremos essa experiência. Mas, acalme-se: se você está lendo este texto (escrito na manhã de 21/12/12, o “dia do fim do mundo” segundo os Maias), é porque os meteoros não nos atingiram.
Segundo o Kibeloco, pior do que o mundo acabar é que isso aconteça com narração de Galvão Bueno (“Acabou! Acabou!!!”), enquanto tudo é destruído pelas forças telúricas.
Bem, já que falei em Galvão, no futebol há pelo menos dois casos em que o 13 simboliza sorte. O técnico Zagalo tem esse número como o seu preferido. E olha que o velho Lobo é o único tetracampeão do planeta – duas vezes como jogador (58 e 62), uma como técnico (70) e uma como supervisor (94).
O lateral direito Josimar, que nem seria convocado, acabou embarcando para a Copa de 1986, no México, como reserva de Edson “Abobrão” (o titular, Leandro, pediu dispensa em solidariedade a Renato Gaúcho, cortado por Telê).
Só que, na primeira rodada, “Abobrão” se contundiu e Telê teve que escalar o camisa 13 Josimar. Pois não é que o cara meteu dois golaços, verdadeiras peças de antologia, naquele Mundial? E não foi por sua culpa que o Brasil não chegou ao título: ele não cobrou pênalti contra a França...
Pergunto: o que você preferia ter no seu bolso, após a extração da loteria federal de Natal? Um bilhete com a dezena final do seu número predileto, que sequer deu troca, ou um final 13 comtemplado no primeiro prêmio? Pense bem, o prêmio é de R$ 2 milhões!
Portanto, deixe pra lá essa coisa de azar que isso não existe. Mas, se você pensa como os espanhóis – “Yo no creo em las brujas, pero que las hay, las hay” – não custa carregar um amuleto. Toc-toc!