Gonçalves diz que não pertence ao Instituto Matisse

20 de Agosto de 2025

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Gonçalves diz que não pertence ao Instituto Matisse

Em e-mail enviado ao jornal CIDADÃO, o economista Cláudio Gonçalves, que em outubro foi apresentado pela diretoria da Fundação Educacional de Fernandópolis – FEF – como um dos encarregados da transição administrativa da instituição para o comando do Instituto Matisse, afirma que não é diretor administrativo e financeiro desse instituto.

Por telefone, ele informou que apenas assinou, no início de outubro, um contrato de prestação de serviços com o Matisse. Abaixo, o inteiro teordo e-mail enviado por Gonçalves.

“Prezados Senhores,

Nas recentes matérias veiculadas por essa imprensa no sentido de divulgar o rompimento do contrato entre Matisse e FEF, inclusive com mençāoà pratica de suposto estelionato, minha imagem vem sendo atrelada à figura do Instituto Matisse, como Diretor Administrativo e Financeiro, o  que não deverá prosperar, pelos motivos abaixo:

Sou Diretor da empresa PLANNING (ver website:www.planningconsult.com.br), contratado pelo Matisse  em 4.10.2012, (contrato entregue ao Presidente da FEF e a Promotoria, bem como tornado de conhecimento de todos dos Curadores da FEF) para analisar como o contrato assinado entre as partes (FEF e MATISSE) seria implantado, pois o Matisse assumiria todos os ATIVOS e PASSIVOS da FEF. Bem diferente dos fatos mencionados pela FEF, nosso diagnóstico técnico após leitura dos balanços da FEF auditados pela empresa MB Auditores Independentes foi:

(a) ações imediatas para aumento no numero de alunos (campanha de marketing);

(b) Ações imediatas para recuperar o capital de giro, perdido com decisão da FEF em 2011 de deixar de pagar suas dividas bancarias, ficando sem acesso ao mercado de credito;

(c) Repactuação das dividas trabalhistas através de acordo firmado com o Sindicato quando os auditores independentes já sinalizavam seu problema de liquidez (parecer no balanço de 2010), as quais consomem R$ 350 mil/mensal do caixa da FEF. A ideia era pedir moratória e voltar a pagar as dividas quando a FEF voltasse a ter alunos suficiente e capacidade financeira para honrar tais compromissos;

(d) Entrar no PROIES, programa do governo federal para recuperação de IES com problemas de endividamento fiscal. As dividas tributarias da FEF consomem R$ 119 mil/mensal de seu caixa. Estas pelo PROIES seriam transformadas em bolsa de estudos a partir de 2014;

(e) Entrar no programa do BNDES para recuperação e reestruturação de IES, que tem disponíveis recursos que somam R$ 1 bilhão de reais para socorrer IES em dificuldade financeira. A FEF tem dois dos pré-requisitos solicitados pelo BNDES: a. IGC 3; b. Adesão ao FIES. Faltaria apenas adesão ao PROUNI para atender aos pré-requisitos;  

(f) Segregar o risco EXISTENTE no CNPJ da FEF, procurando obter crédito através de engenharia financeira. Sobre este assunto tenho livro publicado em 2011 pela editora Saint Paul, cujo titulo: Securitização - Novos Rumos do Mercado Financeiro, demonstra claramente como se pode trazer credito para instituições com problemas de passivos e falta de acesso a credito por inadimplência com bancos.

Com estas ações, associadas ao comprometimento do Sr.Leonardo Pujatti de fazer aportes financeiros, se conseguiria salvar uma IES que está com problemas de solvência, já detectado pelos auditores independentes em parecer emitido com RESSALVA sobre o balanço de 2011.

Pessoas contratadas pelo Matisse para analisar o projeto FEF e MATISSE:

- Claudio Goncalves (economista da empresa Planning)

- Dra. Denise Puccineli Silva (advogada)

- Profa. Dra. Maria Regina D.Netto (ligada a Fundação Ibirapuera de Pesquisa)

- Profa. Dra. Marlene Alves Dias (Universidade Paris 7)

Solicito a divulgação da presente matéria, no prazo máximo de 48 horas, sob pena de serem tomadas as medidas judiciais cabíveis, bem como exclusão de minha foto do site, pelos fundamentos legais, diante da divulgação inapropriada, sem considerar todos os argumentos envolvidos.

Obs.: anexo material que tinha sido preparado para elaboração de projetos sobre BNDES e PROIES para a FEF.

Atenciosamente,

 Claudio Gonçalves (11)8303.7511 / (11) 3129.7321

Planning Corporate Finance & Advisory

Partner: Solution Group

Solution Group | simplifying complexity    -    Brazil | London | Milton Keynes | San Diego | Istanbul”

 

NOTA DA REDAÇÃO: O economista Cláudio Gonçalves comete uma injustiça comCIDADÃO. Em nenhuma das notas publicadas a respeito da fracassada parceria, houve referência à palavra estelionato. É possível que o missivista tenha nos enviado a cópia de e-mail destinado a outra(s) publicação(ões).

 De todo modo, a referência feita pelo jornal na edição de 27 de outubro ao cargo que Gonçalves ocuparia no caso FEF – diretor administrativo e financeiro – se referia não ao Instituto Matisse, mas à função que lhe competiria no processo de transmissão da administração, conforme dissera o próprio presidente da FEF, Paulo Nascimento, ao apresentar a equipe acima citada pelo próprio Gonçalves – apenas a professora Marlene Alves Dias não participou da coletiva de imprensa.   

Atendendo ao pedido do economista Cláudio Gonçalves, retiramos do site www.cidadaonet.com.br a matéria alusiva ao rompimento entre FEF e Instituto Matisse, bem como a da entrevista coletiva à imprensa local, e a foto onde aparecem o economista e o presidente Nascimento. Com a ressalva de que jamais, em tempo algum, este jornal escreveu ou insinuou a existência de estelionato (ou tentativa de) no caso em tela. Definitivamente, esse foi um namoro (FEF e Matisse) que começou mal. Pelo menos, o rompimento foi rápido.

Claudio Goncalves dos Santos é economista, casado – Mestrado – Ciências Contábeis, Atuariais e Financeiras  / PUC – SP; Pós-Graduação – Finanças de Empresas / IBMEC-SP; Graduação – Economia / PUC-SP; complementou sua formação com cursos em Toronto, Canadá (Universidade de Toronto)  e em Londres, Inglaterra (London Business School).

2009 – Delegado Brasileiro em Genebra, Suíça, na UNCTAD em 2009 para discutir implantação do IFRS no Brasil;

2009 – 2010 - Aluno da FGV/SP em programa em Parceria com Cambridge University - LAPORDE – Latin American AdvancedProgrammeonRethinkingDevelopmentEconomics organizado pelos Profs. Bresser-Pereira e Yoshiaki Nakano;

Conselheiro de Administração pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa;

Autor do livro: Securitização – Novos rumos do mercado financeiro, lançamento out/2011, editora Saint Paul; Diretor das empresas: Planning Corporate Finance&Advisory e da PlurimaxAssetManagement ;

Partnerda SOLUTION GROUP no Brasil (www.solution.eu.com)

Professor universitário na FIA – Fundação Instituto de Administração,  Trevisan Escola  de Negócios e da BSP - Business School São Paulo em cursos de Pós-Graduação.

Conselheiro do Conselho Regional de Economia de São Paulo, CORECON (2007/2011), Vice-Presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (2008/2010),  Conselheiro da APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (2008/2013).

Participa do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBEF - Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças.

Autor do livro: Securitização – Novos Rumos do Mercado Financeiro, 2011, Ed.Saint Paul.

Tem amplo histórico de experiência em operações no mercado financeiro e de capitais. Atua com Fusões e Aquisições (M&A), Project Finance e Finanças Estruturadas. Atuou como executivo do Banco Mercantil de São Paulo S.A. É Diretor da Planning Corporate Finance&Advisory e da PlurimaxAsset Management.

E-MAIL: [email protected]