Às vésperas das eleições, todas as obras que estavam paradas há tempos na cidade foram retomadas, umas receberam “maquiagem” e outras foram entregues às pressas.
UBS ANTÔNIO SANTILIO
Um exemplo claro dessa realidade é a UBS Antônio Santilio. Em agosto de 2011, o CIDADÃO publicou matéria com o titulo: “Obras da UBS da Cohab estão paradas há mais de 20 dias”. Na ocasião, a Prefeitura, através de sua assessoria, informou que as obras retornariam na semana seguinte, o que não aconteceu.
O posto de saúde que beneficia cerca de mil famílias das Cohabs “Antonio Brandini” e “João Pimenta”, além da Vila Ubirajara e adjacências, funciona precariamente numa casa alugada, enquanto as obras continuaram paradas durante praticamente todo o ano de 2012, voltando a funcionar apenas durante as eleições. Agora, ela voltou a ser paralisada.
Essa obra está sendo realizada em convênio entre o governo federal e a prefeitura de Fernandópolis, e tem previsão de custo de cerca de R$ 469 mil. Iniciada em 21 de junho, o término estava previsto para o dia 27 de dezembro de 2011, mas estamos chegando a dezembro de 2012 e até agora, nada.
ACADEMIA A CÉU ABERTO
Outro exemplo é a Academia a Céu Aberto. Com o convênio junto ao Governo Federal assinado desde 2008, a benfeitoria nas mãos da atual administração mal passou da pedra fundamental. Quem passa pela Avenida Augusto Cavalin, avista apenas algumas estruturas de concreto, que até pouco tempo estavam encobertas pelo mato.
No período eleitoral, a atual administração mandou roçar o terreno que há mais de dois anos estava abandonado e instalou um alambrado para cercar a área.
Em julho de 2010, o atual prefeito garantiu, através de sua assessoria de imprensa, que outras cinco academias do gênero seriam construídas nos bairros, “para que as pessoas tenham onde se reunir com os amigos e familiares nos finais de semana e feriado”, mas até o momento nem a primeira começou a tomar forma e ninguém está trabalhando no local.
ESTAÇÃO DAS ARTES
Outra obra que só começou a sair do papel com a chegada do período eleitoral é a Estação das Artes. O convênio com o governo federal está assinado desde o final de 2010, porém, mesmo com o dinheiro do governo federal disponível, a estação ferroviária ficou abandonada até pouco antes das eleições, servindo apenas como abrigo de usuários e traficantes de drogas. Depois de tanto tempo às vésperas da eleição, mandaram limpar o local e mais nada.
RAUL GONÇALVES
A avenida, que segundo a prefeitura, custará mais R$ 11 milhões aos cofres públicos, foi entregue as pressas pela empreiteira responsável pouco antes do período eleitoral.
Já na primeira chuva, que nem foi tão forte, ela já apresentou alguns problemas estruturais, na segunda, a rotatória que dá acesso à avenida no cruzamento com a Rua Porto Alegre, imediações do Fórum e Câmara Municipal, uma cratera tomou conta de um lado da pista e houve um afundamento na própria rotatória.
Poucos metros à frente, uma rachadura surgiu no meio da nova avenida. Já no final dela, as grades de proteção caíram junto com o aterro do trecho onde “morre” a avenida.
Agora, na chuva de quinta-feira, 8, mais um buraco surgiu no meio da avenida, e o buraco da rotatória está cada vez maior. O que mais surpreende nas imagens é a espessura do asfalto, que não passa de 5 cm.
