Paulinho Mixaria e o dourado salvo pela crise econômica

20 de Agosto de 2025

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Paulinho Mixaria e o dourado salvo pela crise econômica
O humorista gaúcho Paulinho Mixaria nasceu em Taquari (não confundir com a cidade nem com o rio de Mato Grosso). Sempre viveu no interior do Rio Grande do Sul. Hoje, mora em Gramado.

 Como bom gaúcho, a temática de suas histórias tem as tradições e costumes do Sul como pano de fundo, além da acentuada temática social, uma característica muito arraigada no povo dos Pampas.

 Mas o Mixaria é também pescador. Seu eterno companheiro é o Tio Juca, “gaúcho de tomar banho com tijolo em vez de bucha”. Segundo o Mixaria, o Tio Juca só viajou pela primeira vez na vida depois que inventaram a garrafa térmica: “Era muito trabalhoso levar chaleira e lenha verde no avião”, explica.

Estavam o Mixaria e Tio Juca pescando quando o humorista fisgou uma traíra. O peixe tinha dois dentes de ouro! Quando Mixaria ia matá-lo, o Tio Juca interveio: “Não mata, porque eu pesquei essa traíra no mês passado e ela tinha só um dente de ouro. Tá em tratamento”.

 O pescador soltou a traíra e logo fisgou outra. Quando ia colocá-la no covo, a traíra disse, olhos nos olhos com o Mixaria: “Não me mate, por favor, seu Paulinho. Eu sou o dentista do açude!”

 Bem, a história termina com o Tio Juca fisgando “um dourado de 38 quilos e novecentas e vinte e sete gramas mais ou menos”. O velho resolveu levar o peixe vivo pra casa, e mostrar à mulher que era ele mesmo quem pegava os peixes.

 Em casa, já chegou dizendo: “Mulher, tempera e prepara pra gente comer”. “Não tem sal”, respondeu ela. “Então tempera com pimenta!”. “Não tem”. “Bah, então frita assim mesmo!”, gritou Tio Juca. “Não tem azeite, não tem banha, não tem gás e nem lenha”, retrucou a mulher.

 Só restou ao Tio Juca devolver o peixe ao açude. Quando estava indo embora, ouviu o dourado saltar e gritar: “E viva o presidente, tchê!!!”