CIDADÃO: Só falta a oficialização para que você seja o presidente do Fefecê em 2013. Quais são as suas expectativas?
CLEITON: Antes de tudo, quero agradecer pela oportunidade de falar à torcida do Fernandópolis sobre os nossos projetos. Queremos fazer uma gestão com a cidade, porque o time, afinal de contas, é da cidade de Fernandópolis. As pessoas de bem que quiserem participar serão muito bem vindas. Procuramos fazer as coisas com antecipação, para que tenham mais chances de dar certo.
CIDADÃO: Você chama a sua atitude de assumir o Fefecê de “trabalho voluntário” e diz que ouvirá todas as sugestões. Por quê?
CLEITON: Uma das coisas de que nós mais precisaremos serão as sugestões. Vamos pô-las na mesa, discutir e ver o que é melhor para o Fefecê. A gestão não é minha, é da cidade. Vamos fazer um trabalho compartilhado. Conversei com os líderes da Sangue Azul e da Fúria Azul e expliquei que, além do incentivo das torcidas ao time, precisaremos deles para nos ajudar nas promoções que pretendemos fazer. Eles atuarão como voluntários, por exemplo, nas quermesses pró-Fefecê. Sou adepto da filosofia segundo a qual 20 pensam melhor que dez, e 30 pensam melhor que 20.
CIDADÃO: E os recursos, como você pretende buscá-los?
CLEITON: Vamos convidar os empresários da cidade para lhes apresentar nosso projeto. Já está em andamento um planejamento de marketing no estádio municipal, para que o empresário também possa ter retorno publicitário da sua ajuda ao clube. Veja: quando o clube passa de fase, como aconteceu este ano e no anterior, o time fica mais de seis meses em evidência, algumas partidas são transmitidas pela TV para todo o país, e o “produto” do empresário que apoia o clube ganha visibilidade. Nossa ideia é que esse espaço publicitário tenha um custo bastante acessível, para que sejam ocupados todos os espaços disponíveis no estádio, tanto interna quanto externamente. Se você fizer, só a título de exemplo, 60 placas publicitárias bem feitas, a um custo mensal de R$ 300, isso vai representar uma arrecadação de R$ 18 mil mensais. Para o empresário, esse custo é quase insignificante. De certa forma, é a democratização da publicidade, a custo baixo e com retorno real.
CIDADÃO:Você acredita que o time de futebol é o maior divulgador da cidade?
CLEITON: Sem dúvida. Veja o Mirassol: disputa a elite paulista e também o campeonato brasileiro, divulgando a cidade pelo Brasil afora. É também o caso do Oeste de Itápolis. O Oeste tornou a cidade conhecida nacionalmente.
CIDADÃO:Quem está com você na nova diretoria?
CLEITON: Estamos em fase de montagem, mas já há nomes definidos. O diretor de futebol é o Jesus Moretti, que tem larga experiência nessa função. Foi ele quem contratou o novo técnico, o Pinho. O Kiko Bim é o vice-presidente e o Álvaro Zonta o 2º vice-presidente. O diretor social é o Osmar Paloni. Ainda estão em aberto os cargos de diretor jurídico, diretor de marketing e diretor de captação de recursos. Aliás, quem quiser participar da diretoria pode me procurar. Meu celular é 9655-1708. Até a próxima terça-feira, 30, teremos que definir toda a diretoria, porque temos que mandar os nomes para a Federação Paulista de Futebol. Sem isso, não poderemos postular a vaga na A-3, que pode aparecer de uma hora para outra.
CIDADÃO: Por que existe essa possibilidade do Fefecê disputar a A-3, e não a chamada Série B, já em 2013?
CLEITON: É o seguinte: o presidente do Palmeiras disse que há a possibilidade do Palmeiras B não disputar a A-3, porque o custo de manutenção dessa equipe está muito alto – cerca de R$ 350 mil mensais - e o time não revelou jogadores, como era o esperado pela diretoria. Com isso, surgiria uma vaga no campeonato, que por direito pertenceria ao José Bonifácio, quinto colocado no campeonato deste ano. Só que o José Bonifácio tem problemas com o estádio, que não preenche as condições exigidas pela FPF. Então, essa vaga ficaria para o Fefecê, que é o próximo da lista. Finalmente, existe a possibilidade do vice-campeão deste ano, o São Vicente, não disputar o campeonato, porque seu estádio é muito acanhado, não chega aos pés do estádio “Sérgio Buosi”, aqui da Brasilândia, só para que se tenha uma ideia. Por tudo isso, precisamos ficar preparados: se vier o convite da Federação, não seremos pegos de calças curtas. A reunião do conselho arbitral deve acontecer nos próximos dias.
CIDADÃO: Tendo o técnico já contratado, você tem a possibilidade de montar o time mais rápido, não é?
CLEITON: Exato. O Pinho conhece como poucos essa divisão, e tem um grupo de jogadores que são da sua confiança. Alguns preferem até ganhar menos só para trabalhar com o Pinho. Ele é um técnico disciplinador, que mantém o elenco unido. No José Bonifácio, fez uma grande campanha, tendo apenas 13 jogadores profissionais. O resto era da base, jogadores dos juniores.
CIDADÃO: Qual é a situação do gramado do “Cláudio Rodante”?
CLEITON: Já avaliamos o quadro. É preciso adubar o gramado e replantar a grama na frente dos gols. O ideal é que isso seja feito agora, porque se vier o convite para disputar a A-3, precisaremos do gramado pronto já em janeiro. Gostaria de dizer o seguinte, se você me permite: conversei muito com o atual presidente do Fefecê, o Ademir de Almeida, e ele me disse que vai ajudar o time no que for preciso, seja como vereador, seja como torcedor e colaborador. Só não quer fazer parte da diretoria. Tenho certeza de que isso será muito importante para nós.
CIDADÃO: Creio que nunca o Fefecê conseguiu montar uma nova diretoria com tanta facilidade e antecipação, não é?
CLEITON: É verdade. Mas isso se deve muito mais ao apoio que estamos recebendo dos amigos e da própria diretoria comandada pelo Ademir de Almeida.
CIDADÃO: Você vai simplesmente disputar o campeonato ou vai jogar para vencer?
CLEITON: É claro que o objetivo é sempre vencer. O próprio Pinho, inclusive, estabeleceu como condição só vir para Fernandópolis se o projeto fosse ambicioso, de ser campeão. Isso veio ao encontro dos nossos propósitos. O Fefecê não é campeão desde 1994,lá se vão 18 anos. Queremos subir de divisão, e espero que esta seja a diretoria do pé-quente.