Homem que estuprou filhas por 25 anos é o pai de seus netos

20 de Agosto de 2025

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Homem que estuprou filhas por 25 anos é o pai de seus netos
 O exame de DNA emitido pelo Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou: o homem que estuprou as filhas por mais de 25 anos é o pai de três de seus netos. Todos os nomes utilizados na matéria são fictícios, exceto o do acusado.

 O caso chocou a cidade no final do ano passado, quando uma das netas, Manuela, 15, relatou os abusos a uma enfermeira da Unidade Básica de Saúde de Brasitânia, onde a família reside, que, por sua vez, repassou o caso para a polícia.

 O exame comprovou que apenas Manuela não é filha-neta de Carlos. Os demais, Miriam, 21 anos, Marcela, 17, e Murilo, 8, são também filhos do aposentado. Ele abusou sexualmente das jovens.

 Os abusos começaram em 1987, quando Aline, filha de Carlos e mãe dos seus netos, tinha apenas 11 anos de idade. À polícia, Aline disse que “não ‘olhava’ seu pai ‘como um pai’, e sim como ‘homem, sentia atração física por ele, sentia desejo sexual”.

 Na mesma época, Carlos investiu também contra outra filha, Elaine, então com 13 anos. Mas, diferente da irmã, ela delatou o pai à polícia em 1992, e o aposentado foi denunciado à Justiça por estupro. Por falta de provas, acabou absolvido. E os abusos persistiram.

 Com o nascimento dos filhos-netos, a libido de Carlos voltou-se às netas Marcela e Manuela. Os abusos duraram seis anos, segundo o Ministério Público, e começaram quando a mais nova, Manuela, tinha apenas 8 anos.

 Os abusos contra as duas ocorria dentro de casa, quando não havia mais ninguém, ou no meio de um canavial, quando Carlos levava as filhas-netas de carro até o psicólogo.

Marcela sofre de problemas mentais, consequência do incesto: segundo geneticistas, quando um pai tem um filho da própria filha, o risco de o bebê ter problemas neurológicos aumenta em 40%.

 Carlos foi denunciado à Justiça pelo crime de estupro de vulnerável - o Instituto Médico Legal já havia atestado a ruptura dos hímens de Marcela e Manuela. Agora, o resultado do DNA será inserido no processo como mais uma prova contra o aposentado.

 Enquanto isso, o aposentado segue preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Andradina.