Depois de um período de marasmo que persistiu por toda a campanha eleitoral, uma sessão da Câmara de Vereadores de Fernandópolis voltou a ser notícia na noite de terça-feira, 8.
Durante as explicações pessoais, o vereador Rogério Chamel (PSC) fez um longo desabafo, no qual acusou o prefeito Luiz Vilar de Siqueira, do DEM, que foi derrotado no domingo em sua pretensão de reeleição, de tê-lo perseguido durante a campanha: “fui difamado e humilhado pelo atual prefeito”, afirmou.
Chamel acusou o prefeito de comprar votos. “Ainda bem que o pequeno derrotou o grande, porque a voz do povo é a voz de Deus”, disse, em referência ao refrão da música de campanha de Ana Bim (PSD), a candidata vitoriosa.
“Quero ver se eles vão pagar as contas de água e luz dos pobres, Até o final do ano, como prometeram”, ironizou. Segundo Chamel, “a população deixou de ser ingênua”.
Enquanto algumas pessoas da plateia aplaudiam o vereador, a presidente da Câmara, Creusa Nossa (PDT), candidata derrotada a vice-prefeita na chapa de Vilar, virou-se para seu colega André Pessuto (DEM), também vilarista, e disse: “isso é uma palhaçada!”. Depois, advertiu Chamel: “Você é responsável pelo que fala”. O vereador retrucou: “Cansei de ser humilhado”.
Rogério Chamel foi reeleito no domingo, a duras penas: teve apenas 503 votos e foi o menos votado entre os eleitos