Com 51, 39% dos votos válidos, Ana Bim é eleita prefeita de Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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Com 51, 39% dos votos válidos, Ana Bim é eleita prefeita de Fernandópolis
Seguindo previsões impostas na enquete realizada pelo CIDADÃO e contrariando todas as outras publicadas nos demais veículos de imprensa da cidade, Ana Bim foi eleita a nova prefeita de Fernandópolis com 14.838 votos contra 14.036 do atual prefeito Luiz Vilar de Siqueira, uma diferença de 802 votos. Todos os votos destinados a Carlos Lima foram considerados nulos pela justiça eleitoral.

A vitória de Ana Bim pode ser entendida como uma resposta do chamado “povão” às elites que Vilar arrebanhou em torno de si, governando sempre de forma distante da população dos bairros e da gente simples da cidade, centralizando decisões e gastando desmedidamente.

 Com armas de grosso calibre – governador, secretário de Estado, deputados estaduais e federais no apoio – e um discutível modus operandi, que levou a Polícia Federal a rotular Fernandópolis como “município-problema” – Vilar teve nas urnas a resposta à má administração que fez nestes três anos, nove meses e sete dias.

 Do outro lado da trincheira, Ana Bim contava com um grupo de jovens advogados atuantes, candidatos a vereador entusiasmados com a causa, um vice-prefeito simpático e sem rejeição – o vereador Zambon – e o inegável carisma da candidata.

 O marketing da campanha foi, todo o tempo, voltado para os projetos que Ana quer desenvolver sob o lema desenvolvimento com justiça social. Do outro lado, sobrava truculência – partidários de Vilar agrediram um repórter de CIDADÃO – e arrogância: uma advogada vilarista disse, na sala da OAB no Fórum, que “nós vamos ganhar porque temos dinheiro”.

Mas o fator preponderante da derrota de Vilar provavelmente foram as dívidas que ele criou para o município: primeiro na FEF, que presidiu até 31 de dezembro de 2008,e que beiram astronômicos R$ 60 milhões; e, depois, de 1º de janeiro de 2009 para cá, os R$ 29 milhões de passivo até o final de julho deste ano.

 A fama de “grande administrador” caiu por terra, falsa que era. Vilar nunca teve correligionários de verdade, como se via nos tempos de Percy e Pacheco: teve parceiros de empreitada, só isso.

 A população, provavelmente, também se cansou da falta de ética demonstrada no curso das campanhas – de 2008 e deste ano – quando, na maior “cara de pau”, a coligação divulgava pesquisas que, abertas as urnas, se mostraram fantasiosas.

 A partir de agora, no final melancólico que seu governo certamente terá, Luiz Vilar poderá repensar seus erros e cuidar de responder aos inúmeros processos judiciais que colecionou ao longo desses anos.

 Quando apagar a luz de seu gabinete no derradeiro dia útil de dezembro, Luiz Vilar Vilar de Siqueira terá um fato adicional a lamentar: não ter conseguido ser o primeiro prefeito da história de Fernandópolis a se eleger por três vezes. Porque dele, a população já mostrou que está farta.