Motoristas de ônibus protestam por falta de infra-estrutura na FEF

20 de Agosto de 2025

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Motoristas de ônibus protestam por falta de infra-estrutura na FEF

Os motoristas de ônibus que trazem diariamente dezenas de alunos de outras cidades e estados para a FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis – protestaram na noite desta quarta-feira, 5, pela falta de infra-estrutura no estacionamento da instituição. Eles não entraram na faculdade e afirmaram que só o farão quando as reivindicações forem atendidas.

 O protesto ocorreu, segundo os motoristas, após a categoria realizar uma reunião com a direção da FEF e pedir para que fosse trocada uma lâmpada e no mínimo pusessem cascalho no estacionamento, onde os alunos descem e os motoristas ficam a noite toda em meio à poeira.

 “Isso não é luxo. Não estamos pedindo isso à toa, só quem fica aqui sabe como é ficar no meio da poeira nesse tempo seco. Pedimos para que eles trocassem uma lâmpada e nem isso eles fizeram. Na hora de ir embora, aquele monte de alunos no escuro e no meio da poeira, ninguém enxerga nada, vai acabar acontecendo um acidente e nós é que iremos levar a culpa”, disse o motorista Claudio Roberto Romero, que traz alunos de Iturama (MG).

 Ainda de acordo com Claudio Romero, na reunião que os motoristas tiveram com a direção, o presidente da fundação, Paulo Sergio do Nascimento prometeu que até quarta-feira, 5, o problema estaria solucionado, mas não foi o que eles encontraram quando chegaram à faculdade naquela noite.

 “Ele (Paulo Nascimento) falou que hoje já estaria tudo pronto, só que nós chegamos aqui e está tudo do mesmo jeito. Por isso decidimos fazer esse protesto e eles sabiam que isso aconteceria se eles não cumprissem com o combinado. Enquanto eles não derem um jeito nesse problema nós não entraremos na faculdade”, afirmou o motorista.

 De acordo com o diretor acadêmico da instituição, Ocimar Antonio de Castro, o cascalhamento não foi feito porque a diretoria estuda a hipótese de asfaltar o estacionamento: “Se as pedras fossem jogadas seriam perdidas”, argumentou.

“Não foi colocada a pedra porque havia a possibilidade de se asfaltar, então não seria necessário colocar essas pedras inicialmente, mas qualquer coisa que se faça que envolva o dinheiro da fundação precisa da autorização do conselho curador”, explicou Ocimar aos motoristas.

A explicação, porém, não foi aceita e os motoristas continuaram com o protesto com a promessa de continuar até a solução do problema. A ação causou um longo congestionamento na entrada dos alunos e principalmente na saída, quando os motoristas pararam o fluxo para manobrar os ônibus em frente à fundação. Muitos alunos apoiaram o protesto.