Contribuinte quer providências no caso dos cheques clonados da Câmara

20 de Agosto de 2025

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Contribuinte quer providências no caso dos cheques clonados da Câmara

  O advogado e cidadão fernandopolense José Jesus Pizzutto requereu no último dia 27 à presidente da Câmara de Vereadores, Creusa Nossa, informações por escrito sobre as providências tomadas no caso de três cheques da Câmara que teriam sido clonados, em junho último.

 Segundo o advogado, “tais informações serão suporte para possível ação civil e criminal”.   

 Um boletim de ocorrência foi registrado na última semana de junho, a pedido da presidente Creusa Nossa. O funcionário Marcos Alexandre Nossa, contador legislativo, por meio da internet banking, baixou um extrato da conta que a Câmara possui na agência da Caixa Econômica Federal de Fernandópolis e constatou que três cheques, de números 003, 005 e 010, nos valores de R$ 3.962,00, R$ 4.396,00 e R$ 4.540,00, respectivamente, haviam sido descontados da conta.

 A Câmara de Vereadores de Fernandópolis teria sido vítima de um de estelionato. Creusa Nossa disse que os cheques foram descontados na "boca do caixa". As imagens dos horários que os cheques foram descontados, com a pessoa suspeita diretamente no caixa do banco, foram analisadas pela Polícia Federal.

 Os valores já foram estornados à conta da Câmara. Isso porque as primeiras 40 folhas de cheque desta conta junto à Caixa Econômica não haviam sido utilizadas.

 Os cheques descontados estão nesse primeiro lote, ainda sem o formato de cheques-formulário, no tipo de formulário contínuo. A conta foi aberta durante a gestão do ex-presidente Dorival Pântano, mas como são emitidos em formulários contínuos, e todos com as devidas cópias digitais permanecendo com a contadoria da Câmara, passou algum tempo para começarem a ser utilizados, e o primeiro cheque do formulário que foi descontado na conta do Legislativo é de número 041.

 Outro indício do estelionato recai nas assinaturas que estão nos cheques descontados. São “assinaturas falsas”, assegura a presidente da Câmara. Como o assunto praticamente caiu no esquecimento, Pizzutto decidiu requerer informações. “Trata-se de dinheiro público”, justificou.