“Eleitor quer candidatos éticos”, diz deputado EleusesPaiva

20 de Agosto de 2025

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“Eleitor quer candidatos éticos”, diz deputado EleusesPaiva
  O PSD, partido criado no ano passado por Gilberto Kassab, tem como coordenador regional o deputado federal Eleuses Paiva, um médico de 59 anos, natural de Santos, que estudou em Itajubá (MG) e cumpre seu segundo mandato na Câmara Federal. Professor de Medicina em São José do Rio Preto, onde trabalha no Hospital de Base, Paiva anunciou na última quarta-feira, 20, que o PSD vai apoiar Valdomiro Lopes, do PSB, na luta pela reeleição em Rio Preto. No dia seguinte, ele visitou Fernandópolis para participar do 1º Encontro Regional do Partido Social Democrático e declarou apoio à candidatura de Ana Bim a prefeita e ao grupo de partidos da base aliada. O encontro aconteceu no Clube dos Médicos, na manhã de quinta-feira, 21, e Paiva foi recepcionado por militantes, presidentes de vários partidos de Fernandópolis e até mesmo pelo presidente da Câmara de Vereadores de Jales, Henrique “Macetão”, que prestigiou o evento. Com precisão cirúrgica – sem querer fazer trocadilho com a profissão do deputado – Paiva apontou quais são os maiores anseios do eleitor brasileiro neste Ano da Graça de 2012: a escolha de candidatos que se pautem pela ética, moralidade e honestidade. Como se diz na gíria futebolística, Eleuses Paiva “pegou na veia”, no que tange ao povo de Fernandópolis.    

CIDADÃO: O objetivo de suas viagens pelo Estado é a reestruturação do partido?

PAIVA: Não devemos falar em reestruturar porque nosso partido, o PSD, está muito bem estruturado. Para que se tenha uma ideia, a região que eu estou coordenando tem 180 municípios, com 78 candidaturas a prefeito, 28 candidaturas a vice-prefeito, e em 60% dos municípios paulistas deveremos ter candidatos majoritários. Assim, entendo que o partido está muito bem estruturado. Porém, muito mais importante do que essa boa estrutura e essas candidaturas a prefeito é a qualidade do quadro político que milita no PSD. Nós não abrimos mão de ter, neste partido novo, gente diferenciada. É por isso que estou muito satisfeito. Aqui em Fernandópolis nós temos, na minha visão e do presidente Gilberto Kassab, nosso grande mentor, uma excelente candidata que é a Ana Bim, pessoa séria e honesta, que já tem uma folha de serviços prestados à nossa sociedade. Portanto, a pré-candidatura, a possibilidade de termos Ana Bim como prefeita de Fernandópolis empolga muito os dirigentes do partido, e, acredito eu, também a população de Fernandópolis, que espera que a política seja feita com ética, com seriedade e honestidade. Eu sou mais médico do que político, sou um trabalhador do Hospital de Base de São José do Rio Preto. Entretanto, tenho muita preocupação com a questão da ética, da moralização deste país. Volta e meia nós abrimos jornais e vemos algumas notícias que envolvem deputados, prefeitos, demonstrando que nós somos uns idiotas, no que diz respeito às escolhas que fizemos em eleições passadas. Mas acredito que a gente pode melhorar.

CIDADÃO: Por se tratar de um novo partido, a grande preocupação seria em relação ao tempo disponível na mídia no horário eleitoral da campanha?

PAIVA: Veja, essa questão do tempo ainda é uma discussão que está sendo travada no Tribunal Superior Eleitoral, com recursos no Supremo Tribunal Federal, e provavelmente se desenrolará, acredito, antes do início do processo eleitoral. Poderemos ter o terceiro maior tempo na televisão. Porém, muito mais importante do que tempo em rádio ou televisão, ou até mesmo do que recursos financeiros, é a qualidade moral das pessoas que nós temos no partido. Acho que a população deste país mostrará – e para isso essas eleições municipais serão muito importantes – que será virada, em 2012, uma página muito importante da história do Brasil, no que respeita à moralidade, à ética e à honestidade. É nisso que nós estamos apostando, até por que temos certeza de que a sociedade brasileira fará a mesma aposta.

CIDADÃO: O PSD não abre mão da candidatura da ex-prefeita Ana Bim?

PAIVA: Eu não diria que o partido não abre mão. Quem tem que escolher, em primeiro lugar, são os partidos da base aliada. Em segundo lugar, a sociedade de Fernandópolis. Como costumo dizer, ninguém é candidato de si próprio. É por isso que nós estamos numa fase de pré-candidaturas, que é quando as pessoas colocam seus nomes à disposição e os partidos avaliam a qualidade dos nomes, e a sociedade já começa a direcionar os seus sentimentos. Então, no nosso entendimento, temos aí uma postulante, candidata de ótima qualidade.

CIDADÃO: Deputado, o senhoracredita que a presença do PSD no cenário político veio oxigenar a política brasileira, porque quebra a polarização entre dois grandes partidos – o PT e o PSDB?

PAIVA: Eu não acredito, tenho certeza. O Partido Social Democrático é hoje o terceiro maior partido do país, em número de governadores, deputados federais, vereadores, prefeitos – e começamos a nos organizar apenas um ano e dois meses atrás. Volto a repetir: muito mais importante do que sermos o terceiro maior partido é a qualidade dos nossos quadros. Eu desafio a qualquer um a mostrar, neste país, um membro do nosso partido envolvido em escândalo de corrupção. Entendo que é difícil um partido político, ou algum deputado, ou senador da República, apontar esse nome. Então, pergunto: em qual outro partido haverá essa qualidade?

CIDADÃO: Sendo coordenador regional do partido na região de São José do Rio Preto, como o senhor tem sentido a caminhada do PSD em municípios como Fernandópolis, Jales e Votuporanga?

PAIVA: Tenho sido recebido pelos nossos quadros com muita alegria. Na região de Fernandópolis nós temos grandes possibilidades de eleger o chefe do Executivo, um número grande de vereadores. O cenário não é diferente em Jales, onde o partido está muito bem estruturado, e deve ter candidato a prefeito em Votuporanga conto com um quadro bom de vereadores, o presidente da Câmara é do PSD, assim como em Jales, onde o vereador Macetão, do nosso partido, é o presidente do Legislativo. Com isso, não tenho a mínima dúvida de que nosso partido está consolidado na região noroeste do estado de São Paulo. E não é diferente, por exemplo, na região de Barretos, que eu coordeno; o mesmo digo em relação às regiões de Araçatuba e Presidente Prudente. Não tenho dúvidas de que a gente sairá das próximas eleições, provavelmente, como o primeiro ou segundo maior partido no interior do estado.