História diferente, mas com o mesmo enredo

20 de Agosto de 2025

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História diferente, mas com o mesmo enredo

 Os textos jornalísticos publicados após os julgamentos das três denúncias protocoladas pelo advogado Fausto Ruy Pinato na Câmara Municipal de Fernandópolis no final do ano passado, poderiam ser basicamente escritos da mesma forma, com a simples mudança do nome da denúncia da noite e dos vereadores que compõem a comissão processante.

 Assim como no primeiro e no segundo julgamentos, o relatório pedia pelo arquivamento da denúncia por dois votos a um; os mesmos sete vereadores fecharam os olhos para as provas e observaram apenas seus interesses políticos; e o atual prefeito Luis Vilar de Siqueira (DEM) foi mais uma vez absolvido por sete votos a três.

 Com a exceção do fato de que desta vez o plenário estava praticamente vazio - apenas cerca de 30 funcionários municipais ocuparam o lado reservado ao prefeito e nenhuma pessoa ocupou o lado reservado ao denunciante (uma forma de protesto) e da dispensa da leitura do inteiro teor do processo - tudo ocorreu “coincidentemente” igual. Um remake totalmente sem tempero.

 Na sala de imprensa, os mesmos jornalistas esperavam apenas pela confirmação (mera formalidade) para publicarem em seus respectivos sites, ou anunciarem em suas respectivas rádios ou canais de TV, os textos que já estavam previamente escritos ou no mínimo formulados na cabeça de cada um deles.

 Como o resultado já era conhecido, a dispensa das longas horas de leitura feitas pelos vereadores Maiza Rio e José Carlos Zambon, agilizou a seção. Desta vez às 21h33, já se tinha o resultado do que antes era revelado apenas depois das 3h.

Maiza Rio, André Pessuto, Etore José Baroni, Julio Cesar Zarola, Neide Garcia, Dorival Pântano e Creusa Nossa mais uma vez se ativeram aos compromissos políticos e votaram pelo arquivamento da terceira e última denúncia (porque os mesmos sete não aceitaram a quarta), contra o prefeito Luis Vilar. Rogério Chamel, Cândida de Jesus Nogueira e José Carlos Zambon foram votos vencidos no julgamento político.

 Mais um sete a três, sem qualquer mudança, sem nenhuma pergunta e sem nenhuma manifestação por parte dos “sete samurais”, como diz o advogado denunciante. Será que ainda paira alguma dúvida sobre o resultado da votação pela venda do Mercado Municipal? Águia e Avestruz na cabeça.