População questiona atendimento do SAMU em Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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População questiona atendimento do SAMU em Fernandópolis

 Grande parte da população fernandopolense ainda tem dúvidas relacionadas ao atendimento prestado pelo SAMU – Serviço Móvel de Urgência. O próprio nome já diz “serviço móvel de urgência”, mas a grande dúvida em questão é: quem define o que é urgência ou não?

 São inúmeras as reclamações que chegaram até nossa redação desde que a unidade passou a funcionar em Fernandópolis. Falta de educação; falta de humanidade; demora no atendimento; e principalmente negligência, são as principais delas.

 “Quando não existia o SAMU em Fernandópolis, bastava chamar os Bombeiros que em menos de dez minutos eles já estavam onde a gente precisava. Agora eles ficam mais de 20 minutos só no telefone, fazendo um monte de perguntas, para depois falarem que nosso caso não é uma emergência e que é para procurar um jeito próprio de ir para ao hospital, porque eles não estão com nenhuma ambulância disponível no momento. O pior é que quando passamos lá na frente para ir ao hospital vemos as três ambulâncias lá paradas. Ou eles têm preguiça de sair lá de dentro ou eu não sei o que acontece”, disse o aposentado M. R. C., revoltado com a situação.

 O mesmo caso aconteceu com a estudante T. L. A., na noite de domingo, 8. Anêmica, a jovem sofreu um desmaio por volta das 20h30. Sem meios de se deslocar para o hospital com sua mulher, o jovem E. A. F. solicitou um resgate ao Corpo de Bombeiros local, que por sua vez foi obrigado a repassar o atendimento para o SAMU por questões de proximidade.

 Segundo ele, a espera pelo atendimento durou cerca de uma hora, sendo que durante todo esse período sua mulher permaneceu desmaiada.

 “Se eu tivesse outra forma de levá-la ao hospital não teria ligado para eles. Quem decide afinal o que é urgência ou não? Minha mulher estava desmaiada - e se ela morresse ali dentro de casa, quem seria responsabilizado? Em minha opinião, deveria ser essa pessoa que julgou que o caso dela não era uma emergência e ficou lá sentada durante todo esse tempo”, esbravejou o jovem.

Na terça-feira, 10, o jornalista Franclin Duarte passou por um caso parecido. Com a esposa desmaiada em casa, ele solicitou o socorro do SAMU que por sua vez demorou cerca de 40 minutos para chegar ao endereço descrito à unidade.

RESPOSTA

 De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, todas as gravações do dia descrito pela reclamação do jovem E. A. F. foram ouvidas, porém nenhum caso parecido está registrado no banco de dados da unidade.

Sobre o caso do jornalista, a assessoria afirma que o resgate demorou por não ter encontrado o endereço com facilidade.

 Ainda segundo a assessoria, o médico regulador é o responsável pela liberação das ambulâncias do SAMU, distribuindo as viaturas de acordo com o grau de urgência de cada caso, bem como sua disponibilidade, caso elas já estejam em atendimento.

 A assessoria ainda afirma que em dez meses de funcionamento, o SAMU de Fernandópolis já recebeu oito elogios e apenas uma reclamação, ocorrida em outubro de 2011.