Com o slogan “Oposição é Toron”, o advogado Alberto Zacharias Toron busca ocupar a cadeira de Luiz Flávio Borges D’Urso, criticado pelo pré-candidato por adotar posturas burocráticas enquanto ocupou, por nove anos, a presidência da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil. Toron diz que a Ordem está muito ligada a questões do passado, com foco na política, deixando de lado as necessidades do advogado, que ele afirma conhecer por viver a advocacia.
Sem papas na língua, Toron diz que “a grande permanência no poder transforma qualquer um em um grande burocrata”. E dá um exemplo. Quando era presidente do Conselho Nacional de Prerrogativas da OAB, coube a ele propor a criação da Súmula Vinculante 14 do Supremo Tribunal Federal, para garantir aos advogados o acesso aos autos. Conta que, na ocasião, o primeiro a votar contra a proposta foi o atual presidente da OAB-SP. Alegou que a Ordem sempre foi, “historicamente, contra o instituto da Súmula Vinculante”.
Ontem, visitando Fernandópolis, Toron almoçou com meia centena de advogados num restaurante da cidade. Saudado pelo presidente em exercício da OAB, Marco Aurélio Del Grossi, o pré-candidato provocou risos ao dizer que “A OAB não quer um Ricardo Teixeira na presidência” (alusão ao ex-comandante da CBF, que ficou 23 anos no poder).
Toron disse que “a presidência exige um advogado militante, porque só assim ele conhecerá os verdadeiros problemas e as angústias dos advogados”. A visita a Fernandópolis foi articulada pelos advogados Edilberto Donizeti Pinato e Pedro Manoel Callado de Moraes.
