Presos fariam parte de esquema de falsificação e venda do produto a fazendeiros do MT
Desencadeada pela Polícia Federal, a “Operação São Lourenço” – alusão ao principal rio que banha a região de Rondonópolis (MT) e é a principal vítima da ação da quadrilha – prendeu na última quarta-feira 16 pessoas, de um total de 21 suspeitos.
Foi apreendida cerca de uma tonelada de produtos falsificados, US$ 1,4 mil e três veículos.
Dois dos presos são de Fernandópolis. Eles não tiveram seus nomes divulgados, e seriam vendedores e fabricantes de agrotóxicos. Encaminhada à Polícia Federal de Jales, a dupla cumprirá os cinco dias de prisão preventiva na Superintendência da PF em São Paulo. Também foram feitas diligências em Monte Aprazível e Rio Preto.
A operação aconteceu menos de 24h depois que a PF descobriu a fábrica clandestina em Bady Bassitt, onde agrotóxicos eram falsificados. Essa “fábrica” foi considerada a maior do Brasil.
De acordo com a polícia, o esquema utilizado pela quadrilha – que atuava no Mato Grosso e tinha ramificações no Noroeste Paulista – consistia na ofertas de amostras aos produtores. Essas amostras eram de produto verdadeiro, que naturalmente possuíam eficácia. Na hora da entrega, os fazendeiros recebiam o produto falsificado.
Como se tratava de negócio ilegal, os produtores jamais procuravam a polícia para denunciar a fraude.
Desde 2010 a PF investiga esse tipo de fraude. Nesse período, duas fábricas clandestinas foram desmanteladas e sete toneladas de agrotóxicos falsificados foram apreendidas.
Os compradores foram indiciados por contrabando, compra irregular de agrotóxicos e e compra de produto nocivo à saúde humana, em desacordo com a legislação específica. Já os vendedores e falsificadores responderão por formação de quadrilha, falsificação, contrabando e crime ambiental.
Para a Polícia Federal, todo o esquema era comandado por dois irmãos, presos anteriormente por tráfico de drogas, estelionato, falsificação e uso de documento falso e crimes contra o sistema financeiro. Além disso, segundo a PF, eles seriam reincidentes no contrabando de agrotóxicos.