Como se não bastasse a falta de vagas de estacionamento para os motociclistas fernandopolenses, eles ainda têm que dividir o pouco espaço com empresas de caçambas. O pior é que os fiscais que são pagos para coibir esse tipo de abuso, ao que parece, não vêem tamanha irregularidade bem no centro da cidade.
Segundo o motociclista W.C.L., a caçamba foi colocada sobre o bolsão na Avenida Amadeu Bizeli há mais de três semanas e se revolta ao falar do assunto.
“Se a gente para por 15 minutos fora do bolsão, as menininhas de azul ligam para a polícia, que nos multa. Agora, como é uma empresa que está a serviço de um banco, parece que eles nem estão vendo. Liguei para a polícia esses dias e eles falaram que isso é responsabilidade da prefeitura. Onde estão os fiscais da administração? Na hora de multar os pobres que não fazem calçada na frente de casa eles são bons, agora porque que eles não vem multar o banco?”, disse o motociclista, revoltado.
Segundo informações da Polícia Militar, atualmente existem 14,3 mil motocicletas registradas no município. A cada dois quarteirões existem bolsões de estacionamento com aproximadamente 20 vagas, o que já é insuficiente para o fluxo de motocicletas no centro da cidade.
A maioria das vagas é ocupada por funcionários do comércio que chegam cedo ao trabalho e já garantem lugar no estacionamento. O restante das vagas é disputado por pessoas que precisam ter acesso ao comércio e agora a concorrência ficou ainda mais complicada graças ao desrespeito e à negligência da fiscalização.
A negligência se repete em diversos pontos da cidade. Recentemente, um fiscal foi contratado pela prefeitura, sem concurso público, para realizar a fiscalização ambiental da cidade. Mas pelo visto esse dinheiro não está sendo bem empregado.
A Avenida Teotônio Vilela (atrás da FEF) está tomada por lixo. Foi criada, literalmente, uma barreira de detritos entre a avenida e a extinta ponte sobre o córrego da Aldeia (que caiu há quatro anos e até hoje não foi consertada).
Outro ponto tomado por lixo é a antiga estrada para Macedônia. O lixo já está praticamente invadindo a estrada. Sofás, entulho, pneus, caixas de madeira e vários outros objetos estão sendo jogados no “pé” de uma placa da prefeitura que indica a proibição desse ato.