A poesia contada através da reciclagem

20 de Agosto de 2025

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A poesia contada através da reciclagem
 A beleza da poesia é indiscutível. Mas se contada através das esculturas feitas de papelão reciclável – como o faz o poeta fernandopolense Aléssio Fuzari – tornam-se verdadeiras obras primas da arte brasileira.
 Em tempos onde a população do Planeta Terra descobriu que o Meio Ambiente é peça- chave da sobrevivência da raça humana, a reciclagem se tornou comum na grande maioria dos municípios do Brasil e do mundo.
 Junto a essa realidade, o poeta fernandopolense aliou à necessidade de livrar o planeta da destruição o mundo mágico da poesia. “A arte gera na pessoa um crescimento no sentido humanístico muito grande, e através dessas criações acredito que cresci e que minhas obras podem ajudar outras pessoas a crescer também”, disse Aléssio.
 Tudo é criado a partir de papelão lavado, uma técnica que ele mesmo desenvolveu e cujo resultado se assemelha a esculturas feitas em madeira. Além do papelão, cordas, fibras e palha, materiais obtidos da reciclagem, são utilizados nas obras do artista.
 Todas as obras criadas pelo poeta e escultor, chamam a atenção pela força expressiva de cada traço, volta e contorno. Tamanha riqueza de detalhes chama a atenção até de quem já conhece o artista. “Se não conhecesse o Aléssio, jamais imaginaria que essas obras são feitas de papelão. Conheço esse artista há muitos anos e ele ainda consegue me surpreender. Não é porque eu sou amigo dele não, mas ele é fantástico”, disse Ari Pedro, amigo de longa data de Fuzari.
 Segundo Aléssio, sua grande inspiração vem mesmo das poesias que escreve. No fundo, acaba sendo uma busca original de chamar atenção para um trabalho que, talvez enclausurado nas páginas de um livro, atingisse um número menor de pessoas. “As artes plásticas estão a serviço da poesia, neste caso. É a poesia a grande matriz, o condutor da plasticidade de minha obra”, concluiu o poeta.