Unimed de Fernandópolis está entre as melhores do Estado

20 de Agosto de 2025

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Unimed de Fernandópolis está entre as melhores do Estado
 O médico Jarbas Alves Teixeira, diretor presidente da Unimed de Fernandópolis, está há 28 anos na diretoria da cooperativa de saúde. Arrojado, ele construiu um prédio com 3.094 m2 para abrigar a empresa. Hoje, a unidade controla também a Unimed de Santa Fé do Sul. Segundo Dr. Jarbas, que mora em Fernandópolis há 38 anos, a prioridade é sempre o paciente: “Queremos dotar a cidade de uma estrutura de saúde que orgulhe a população”. E alerta: “Estamos abertos às reclamações. Quem não for bem atendido pode me procurar, que eu atenderei pessoalmente”.
 
CIDADÃO: Qual é a avaliação possível dos índices das Unimeds de Fernandópolis e Santa Fé do Sul, aferidos pela Agência Nacional de Saúde?
JARBAS: Para que se tenha idéia da evolução, quando esse índice começou a ser feito, em 2008, estávamos entre 20 a 39; em 2009, oscilamos entre 40 e 59; e em 2010, subimos para 60 a 79. É difícil para o leigo entender esse critério, mas isso significa que nós estamos no topo, entre as grandes operadoras. Por exemplo: a Unimed de Rio Preto, que é inegavelmente bem administrada, assim como a de Araçatuba, não estão na nossa frente. Só quatro operadoras no Estado atingem esse índice, e Fernandópolis é uma delas. Estamos entre as cooperativas tidas como bem administradas. Muitas cooperativas estão em situação precária.
CIDADÃO: Sabe-se que algumas Unimeds da região noroeste estão em situação ruim. Jales entregou a administração à Unimed de Rio Preto, e a de Votuporanga está virtualmente falida. O que está acontecendo?
JARBAS: Isso, na realidade, é problema administrativo. O bom funcionamento não depende só do presidente: depende do grupo que ele montou. Aqui, os colaboradores são reciclados, controlados e orientados na forma de trabalhar. Nós não damos mais advertências: o pessoal está tão imbuído de sua responsabilidade que viramos uma grande família. Nosso eventual sucesso está voltado para o engrandecimento do nome de Fernandópolis, além do propósito de atender bem aos cooperados. Nossa Unimed não deve e tem dinheiro em caixa, embora não seja rica. Propiciamos conforto aos nossos colaboradores: pagamos no primeiro dia útil do mês, e em vez de dar cesta básica, damos uma bonificação de R$ 300,00 para cada um, que aplica da forma que quiser. E ainda tem o ticket.
CIDADÃO: A Unimed investe alto na reciclagem do corpo de colaboradores?
JARBAS: Sem dúvida. A reciclagem envolve todos os setores. A parte mais ligada à saúde – fisioterapia, enfermagem – está sempre freqüentando cursos, simpósios. Escalamos alguém para participar, e o participante - ou participantes - passa o conhecimento adquirido aos demais. Mesmo a turma da recepção participa dessas reciclagens, quando surge algum curso que possa trazer melhorias no atendimento ao público. Outra coisa: aqui não entra política. Convivemos bem com os juízes – e o Dr. Pelarin sempre nos ajudou muito. Nós o levamos para fazer uma palestra para mais de 70 presidentes, onde falou do procedimento com menores carentes que adotamos em Fernandópolis e que já levamos para Santa Fé.
CIDADÃO: Qual é esse procedimento?
JARBAS: O Conselho Tutelar escolhe, por exemplo, jovens drogados e os indica ao juiz da Infância e Juventude, que os indica para nós, depois da triagem para constatar se são realmente carentes. A Unimed fornece um kit de higiene pessoal a cada um e os manda para uma instituição particular, onde são internados. Nós pagamos todos os custos – a única coisa que não fazemos é o transporte, porque isso implica risco de fuga e é da competência do Conselho Tutelar.
CIDADÃO: Qual é a dificuldade de relacionamento que a Unimed de Fernandópolis tem hoje com a de São José do Rio Preto?
JARBAS: O atendimento é de razoável para bom, mas questionamos o faturamento, acreditamos que existam erros. Você pede o espelho da conta, compara e não consegue compreender o montante. Acho que o digitador frequentemente erra, não é possível. Ou então, é erro de computador o acréscimo de procedimentos. Então, temos o direito de fazer a chamada auditoria concorrente. Temos que avisar o hospital antes. Só que o auditor deles, que eles exigem que nos acompanhem, está sempre ocupado e não vai. Depois de tanta briga, resolvemos suspender essas auditorias. Eles ameaçam o hospital, querem proibi-lo de dar informações. E, quando o hospital começa a ceder aos nossos pedidos, eles passam a atrasar os pagamentos. Isso é uma realidade: eles punem o hospital.
CIDADÃO: E a “queda de braço” com os médicos? Há casos, inclusive, de profissionais que foram suspensos pela Unimed de Fernandópolis.
JARBAS: Infelizmente, temos uma parcela de médicos que dificulta o atendimento, jogando mais para o futuro consultas que poderiam ser feitas antes. Não são todos, é uma minoria. Isso é para forçar o pagamento de consulta particular. Então, nós desativamos a máquina de passar cartão desse profissional. Isso o obriga a vir aqui. Queremos que todos que se sintam prejudicados venham reclamar. Nós registramos a reclamação e tiramos o nome, ou melhor, botamos uma tarja preta sobre o nome. Muita gente tem medo de represálias. A suspensão era de seis meses. Fiz uma reunião e aprovamos o aumento para um ano. Ora, se o médico tem muita consulta particular, ele que fique, durante este ano, analisando se precisa da Unimed! O profissional pode reservar algumas vagas na agenda para os particulares, mas ele deveria consultar o paciente de véspera para saber se irá mesmo à consulta. Em caso negativo, poderia usar o horário para atender pacientes da Unimed. Damos a liberdade para que faça um cronograma. Todo mundo sabe que há médicos cujas secretárias falam na maior cara de pau: “Se for para consulta particular, tem horário”. A Unimed de Fernandópolis tenta suprir essas lacunas procurando profissionais onde houver, para que atendam nossos pacientes. E, se for carentes, nós levamos e trazemos, com nossos veículos. Temos três carros e uma pick-up à disposição para esse serviço.
CIDADÃO: Por que o senhor considera que Fernandópolis é um polo de atendimento médico regional?                  
JARBAS: Somos mesmo um polo regional, e a nossa Unimed está equiparada às melhores do Estado. Há algum tempo, recebemos a informação de que estamos entre as duas Unimeds melhor administradas no estado – outra é Araçatuba. Isso não foi divulgado, mas é uma realidade. Não ficamos fazendo propaganda das coisas: nossa melhor propaganda é o “boca a boca. Esse caso da criança ou adolescente drogado, por exemplo, só o Dr. Pelarin divulga, e não é por ele, mas para ressaltar a colaboração social da Unimed de Fernandópolis. Temos uma relação muito edificante com o Parque Residencial São Vicente de Paulo, o asilo nosso vizinho. Uma vez, tivemos um problema de energia elétrica e o asilo nos cedeu luz. Volta e meia, colaboramos financeiramente com eles, espontaneamente. Eles não nos pedem. De vez em quando fazemos uma festinha com os velhinhos, levamos a eles um pouco de alegria. Também vamos aos bairros e praças, onde fazemos exames, aferimos pressão arterial. Nós pagamos os laboratórios. Enfim, nosso compromisso é com o desenvolvimento de Fernandópolis.
CIDADÃO: A Justiça determinou a construção da UTI neonatal da Santa Casa. O que o senhor acha disso?    
JARBAS: É uma notícia excelente. O problema de vagas em unidades da região sempre foi um tormento.
CIDADÃO: Durante os debates decorrentes da perspectiva de fechamento da AVCC, houve quem propusesse que a Unimed assumisse a AVCC. Essa possibilidade existe?
JARBAS: Eu diria que nós não conhecemos os meandros da entidade. Mas temos um excelente relacionamento com os responsáveis pela AVCC – só tínhamos problemas com um enfermeiro que estava lá, mas não está mais. Como se trata de uma entidade beneficente, nós nos disporíamos a estudar a situação. Vou contar uma coisa que pouca gente sabe: a AVCC cuidou de nossos pacientes de graça. Nós é que fomos lá, por iniciativa própria, e nos propusemos a pagar, porque sabíamos que eles precisavam de recursos. Porém, nunca aventamos a possibilidade de assumir a AVCC. Inclusive, como já disse, não conheço os seus meandros. O caso é o seguinte: é preciso um maior entrosamento com as prefeituras. Essa é a única forma de manter a instituição.