Nesta quinta-feira, 10, foi comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas auditivos. De cada mil crianças nascidas no país, três a cinco já nascem com deficiência auditiva.
Desde 1996, os deficientes auditivos da cidade contam com a APADAF – Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Fernandópolis. Formada por um grupo de pais, fonoaudiólogos e políticos da cidade, tem entre muitos desafios a luta contra o preconceito e a inserção de seus jovens no mercado de trabalho.
Segundo a voluntária e interlocutora da associação Ivania Lucia da Silva Tiago, atualmente a APADAF atende cerca de 60 alunos. “Eles frequentam a instituição de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. A intenção é apoiá-los, ensinar a linguagem brasileira de sinais com o intuito de promover a socialização e encaminhá-los ao mercado de trabalho”, disse a voluntária.
DEFICIÊNCIA
A surdez pode se desenvolver de diversas maneiras. Quando genética, pode ser detectada nos primeiros dias de vida e tratada com sucesso. O teste da orelhinha, um exame rápido e indolor, pode resgatar a audição em quase 100% dos casos, se realizado nos primeiros seis meses de vida.
Na terceira idade, mesmo com o envelhecimento natural dos órgãos, é possível conviver com a perda auditiva, buscando tratamentos para melhorar a qualidade de vida. Segundo especialistas, o problema é mais perceptível após os 65 anos.
POLUIÇÃO SONORA
A poluição pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde e conturbando intensamente as relações sociais. Algumas pesquisas mostram que o ruído fora de controle constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando perda da audição, zumbidos, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e impotência sexual. No Brasil, a poluição sonora já é considerada uma questão de saúde pública.
Uma pessoa não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis por mais de oito horas. Esse tempo cai para quatro horas em lugares com 90 decibéis, duas horas em locais com 95 decibéis, e uma hora quando a intensidade chega a 100 decibéis.