Assessoria de Vilar nega compra de R$ 49 mil em pen-drives

20 de Agosto de 2025

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Assessoria de Vilar nega compra de R$ 49 mil em pen-drives
A assessora de imprensa da prefeitura de Fernandópolis, Tatiana Brandini, negou na última quarta-feira que a Secretaria Municipal de Saúde tenha destinado R$ 49.151,80 à compra de pen-drives.
 O pen drive é um disco removível ou chaveiro de memória – um dispositivo de armazenamento tendo a aparência de um isqueiro ou chaveiro, que se conecta ao computador.   
 A informação consta de uma relação intitulada “Despesas com a Saúde – Até o mês de setembro/2011”, supostamente formulada pela Secretaria da Saúde, da qual uma cópia chegou à redação de CIDADÃO.
 Tatiana explicou que, na verdade, a prefeitura só adquiriu 25 unidades de pen-drive, ao custo unitário de R$ 38,80 – o que totaliza R$ 995,00. “Esse lote fez parte do Pregão 17, junto com outros objetos. Porém, dessa relação, só fizeram constar os pen-drives”, esclareceu a assessora.
 No quesito “Equipamentos – Tesouro” há outros itens curiosos, como este: “Televisor e Fruteira – Saúde da Mulher: R$ 29.613,23”. Ou então: “Cortinas Persianas – Unidade da Família – Heitor Maldonado e Antonio Pivato: R$ 6.066,00”.
 Em sete páginas, o documento se mostra uma sucessão de informações confusas. Consta que foram pagos R$ 265 mil em aluguéis, R$ 5 milhões em vencimentos e salários e R$ 5,3 milhões à OSCIP que cuida dos serviços de saúde. Só de combustíveis e lubrificantes, consta um gasto de R$ 391 mil, mais R$ 118 mil com “material para manutenção de veículos”.
 O psicólogo Odalício Barbosa da Silva, membro do Conselho Municipal da Saúde, disse que, se esses números forem oficialmente apresentados na reunião do Conselho, que acontecerá no dia 26, não irá aprová-los.
O jornal prometeu entregar à assessora do prefeito a cópia do documento. Tatiana, por sua vez, se comprometeu a apurar a origem da lista e se alguns dos seus itens correspondem à realidade.
Uma pesquisa realizada pelo CIDADÃO nas maiores lojas de eletroeletrônicos da cidade constatou que a TV mais cara que se encontra em território fernandopolense é uma Samsung  de 51’ com conversor digital e imagens em 3D, que custa R$ 4,999,00.
Outra pesquisa aponta também que a fruteira mais cara custa R$ 310. Ela é de cristal com um pedestal de prata.
Com os R$ 29.613,23 mil apresentados no balancete da Secretaria de Saúde referentes à compra de um televisor e uma fruteira para a “Saúde da Mulher”, seria possível comprar cinco dessas TVs, 14 fruteiras e ainda sobraria dinheiro. O troco seria de R$ 278,23.
Com os R$ 49.151,80 seria possivel comprar mais de 980 pen-drives