Uma equipe de doze fernandopolenses pescou na semana passada na região de Porto Murtinho (MS), precisamente na chalana Xaraiés: Osvaldo Colombano, Renato Colombano, Reizinho, seu filho Fernando, Fausto Pinato, Luisinho Angeluci, Wilson Mantovani, Eduardo Sanches, Idioguedes, Zé da Gráfica, Edinho da Passomed e Sérgio Fedina.
O grupo, ao chegar ao confortável barco, logo foi se acomodando nos apartamentos duplos. Bota dois aqui, dois ali, sobraram o Wilson Mantovani e o Luisinho Angeluci no mesmo apartamento.
Conhecedor da fama de roncador do Luisinho, o Wilson chiou na hora: “Ah, não. Com o Luisinho eu não fico!”.
Luisinho não discutiu. Era melhor achar uma alternativa do que alimentar polêmica. Esperto como é, logo ele “descobriu” o refeitório, que só é utilizado nos horários de refeições. Além disso, ali havia ar condicionado e banheiro (como há nos quartos) e geladeira com bebidas e comidas à disposição (como não há nos quartos). E, dormindo sozinho, não teria ninguém pra encher o saco...
Levou seu colchonete para o refeitório e tudo estava resolvido. Logo após a primeira noite, porém, um pequeno problema. O cozinheiro se levantou antes do primeiro raio de sol para preparar o café (a tripulação dorme em outro piso da chalana).
Ao se aproximar da cozinha, ele escutou um barulho desconhecido vindo do refeitório. Rápido, correu para o alojamento e acordou o comandante: “Tem uma onça esturrando dentro do refeitório!!!”
O valente capitão armou-se de uma zagaia e, com o cozinheiro na retaguarda, foi pé ante pé até o refeitório. Com muito cuidado, entreabriu a porta, apontou a zagaia e entrou. O “esturro”, evidentemente, era o ronco do Luisinho, conhecido de velhas pescarias em mais de vinte rios desta Terra Brasilis...
