Revoltado com a falta de coleta de lixo em sua rua, o munícipe Luiz Fanti, 49, recolheu o lixo de sua casa e o colocou na porta da prefeitura. O fato aconteceu ontem, após uma semana ligando na empresa responsável sem receber resposta.
Diante do mau cheiro e das moscas, o morador resolveu tomar a atitude, que segundo ele era a única forma de resolver o problema. “Há mais de uma semana estou ligando para a Ecopav e eles não vêm buscar esse lixo, isso é caso de saúde pública. Eu tenho uma vizinha idosa, ela está com a perna ferida. E se uma mosca dessas passar na perna dela? Ela pode pegar uma doença muito grave”, disse o morador.
Segundo ele, esse fato o comoveu e por isso ele tomou essa atitude, que ele próprio reconhece como drástica. “É um casal de idosos, os dois são muito debilitados e ver essa situação me comoveu. Eu tive que tomar uma atitude drástica, porque ligar não resolve”, destacou o morador.
Revoltado, o morador colocou todo o lixo dentro de seu caminhão, levou até a prefeitura e despejou tudo na entrada do Paço Municipal, onde foi recebido pela chefe de gabinete Carla Filomena.
Visivelmente irritada, Filomena criticou a atitude do munícipe. “Por que antes de vir aqui fazer esse ‘barulho’ todo, o senhor não ligou ou veio aqui conversar com a gente? Isso é coisa de pessoa que quer aparecer”, esbravejou.
Em seguida, Filomena convocou Fanti à sua sala, onde permaneceram por cerca de 20 minutos.
Após essa breve reunião, o munícipe saiu da sala com a promessa de que o lixo seria recolhido. “Ela falou que a prefeitura não sabia que o lixo não estava sendo recolhido, ligou lá na Ecopav na minha frente e eles falaram que irão recolher o mais rápido possível”, afirmou Fanti, após sair do gabinete.
Alguns minutos depois, uma pick-up da Ecopav estacionou no Paço Municipal e recolheu o lixo.
Em contato com nossa redação a gerente Neide, da Ecopav, afirmou que a coleta está sendo feita regularmente no local. Segundo a empresa, um fiscal foi enviado até o bairro e constatou que o lixo que está nas ruas do bairro é apenas o do dia e que não entende o motivo da revolta do morador.
