Equipe de Vilar e empreiteiros falam da denúncia de fraude

20 de Agosto de 2025

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Equipe de Vilar e empreiteiros falam da denúncia de fraude
A assessoria do prefeito de Fernandópolis, Luis Vilar de Siqueira, convocou uma coletiva com a imprensa para falar acerca das denúncias sobre supostas irregularidades nas obras do Conjunto Habitacional “Dr. Jayme Baptista Leone”, feitas em sistema de mutirão em convênio com o CDHU.
 Na última quinta-feira, 8, um grupo de dez cidadãos protocolou a denúncia na Câmara, pedindo a instauração de uma comissão processante e o afastamento do prefeito Vilar por “infração político-administrativa”.
 Compareceram à reunião o secretário de Obras, Habitação e Urbanismo Dario Thomaz; o procurador-chefe José Poli e o secretário de Administração, José Cassadante, além dos empresários Ailton Aparecido Silva (“Dodó”), Jonas Carareto, Clovis Pedreiro, Cláudio da Valcal e Dalton Pezati, todos eles participantes das obras no conjunto.
 A assessoria da administração distribuiu cópias de um documento que, no seu entendimento, responsabiliza o Consórcio CAA Maubertec, de propriedade do vice-prefeito de Fernandópolis, Paulo Birolli, pela autorização dada à prefeitura para contratar empresa, via licitação, para promover os “retrabalhos” nas 253 casas do conjunto habitacional.
FURTOS
 Dario Thomaz explicou que o conjunto teria 300 casas, mas 47 delas não haviam sequer sido começadas. Além disso, as demais 253 estavam em diferentes fases de construção.
 Os problemas se acumularam, segundo o secretário, porque, além dos mutuários serem leigos em construção (a obra começou em 2005 em sistema de mutirão, dentro de um projeto do governo do Estado), ocorreram incontáveis furtos e depredações no conjunto.  
 Thomaz admitiu que a entrega das casas, em maio passado, foi puramente simbólica, já que as casas não estavam prontas. Clóvis Pedreiro, proprietário da empresa vencedora da licitação, disse que ainda não recebeu o pagamento pelo “retrabalho”.
 Segundo os empresários, em 2009 as empreiteiras entraram na obra. Thomaz afirmou que a prefeitura era apenas a “barriga de aluguel” a serviço do Estado. Dodó disse que houve três pinturas das casas.
 À pergunta de como iam as obras, feita pelo repórter João Leonel, do jornal Semanário, Thomaz pareceu irritar-se: “O que é que você acha? Estão paradas, só poderiam estar, com essas ações que estão acontecendo”. Dito isso, levantou-se e encerrou abruptamente a reunião.