Os esfomeados de Aquidauana

20 de Agosto de 2025

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Os esfomeados de Aquidauana
A foto aí de cima, do Rosivaldo Lima segurando um belo dourado de 8,5 kg no Rio Aquidauana (MS), me fez lembrar da Edilaine Ferreira de Souza, que por quatro anos foi secretária aqui do CIDADÃO e é uma grande amiga.
 A Edilaine atualmente mora em Aquidauana e até já arriscou suas pescariazinhas por lá. Inclusive já aprendeu a dizer que “o maior peixe escapou”...
 Bem, uma coisa puxa outra. Lembrei-me, então, de um almoço numa churrascaria de Aquidauna, quando voltávamos de pescaria em Porto Esperança. Éramos um grupo de dez, e como não havia mesas grandes, formamos três mesas diferentes. Quem não nos conhecia, evidentemente não podia saber que estávamos todos juntos.
 Acontece que o Jaú e o César Barata, dois sérios concorrentes do Laerte Beran ao título de maior comilão da cidade, sentaram numa mesa logo à saída da cozinha. Cada garçom que saía com um espeto na mão (era rodízio) era praticamente cercado por eles, que exigiam toda a carne para si.
 Na minha mesa, estava o Deda, de chapéu preto, poncho e uma barba de oito dias. Parecia um matador paraguaio. Ele chamou o garçom e disse, num tom ameaçador: “Baixinho, você só leva carne para a mesa daquele gordão (era o César Barata). Se você não me trouxer picanha imediatamente, vai chover bala nesta espelunca!”.
 Apavorado, o garçom correu para a cozinha e logo voltou com um espeto. Ao verem os belos nacos de picanha fumegando, o César e o Jaú, de bocas cheias, soltaram uns grunhidos tentando chamar o garçom. O Jaú quase conseguiu segurá-lo pelos fundilhos, mas o baixinho passou pela “barreira” e veio servir o Deda – e também a mim e ao Assis.
 E foi assim até o final do almoço: lingüiças e pontas de peito, nós liberávamos pra eles. Picanha e filé no alho, só para a nossa mesa. Graças a Deda Kid, a garganta mais famosa do Oeste...