Obras na SP-320 prevêem trevos em anel viário que ainda não existe

20 de Agosto de 2025

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Obras na SP-320 prevêem trevos em anel viário que ainda não existe
“A meta prioritária para 2009 é fazer os anéis viários. Vamos ligar a incubadora empresarial à Unicastelo e ao terminal de açúcar da Coruripe. Depois, ligaremos a área do CAIC à Rodovia Euclides da Cunha, mais além da Brasilândia”.
 Essas palavras são do prefeito de Fernandópolis, Luiz Vilar de Siqueira. Foram ditas na primeira semana de 2009, quando ele acabara de assumir a prefeitura.
 Dois anos e meio depois, nada mais se fala sobre a via perimetral. Esse era também um projeto do falecido prefeito Rui Okuma: construir o mini-anel viário e deslocar o trânsito de veículos pesados para essa via.
 Muito antes de Okuma – no início da década de 80 – o arquiteto Dreison Augusto Santini já havia esboçado o traçado de uma via perimetral, que sairia da Rodovia Euclides da Cunha, na altura do Jardim dos Pássaros, até a Brasilândia, passando por trás das cabeceiras dos ribeirões Santa Rita e Gatão e dando acesso à própria rodovia. O projeto nunca saiu do papel. 
  “Estou com a alma lavada”. Assim se expressou Vilar, ao final da audiência pública em Votuporanga com autoridades governamentais e engenheiros do DER, em novembro de 2009.
 Nessa ocasião, CIDADÃO escrevia: “Vilar também gostou de ter constatado que haverá dois novos trevos no trecho fernandopolense da estrada: um perto da Cantina Morini e outro próximo à Madeireira Capital. ‘Isso significa que o DER contempla efetivamente a futura construção da Via Perimetral, o nosso Rodoanel’, comemorou o prefeito”. SILÊNCIO  Efetivamente, o projeto da duplicação contempla o município de Fernandópolis com trevos nesses dois pontos. Isso consta da planta de obras e do cronograma das construtoras.
 Criou-se, aí, uma situação surrealista: trevos que ligarão a SP-320 a...pastos ou plantações.
 A dramática situação financeira do município, que atualmente sequer pode oferecer a contrapartida às verbas governamentais, torna proibitiva uma obra de vulto como o anel viário, uma das principais promessas de campanha tanto de Rui Okuma quanto de Vilar. A perimetral que desafogaria o tráfego fica para o futuro.