Na atualidade está sendo cultivada uma mentalidade que busca eliminar as diferenças sexuais. É necessária uma reflexão antropológica para que a realidade mulher e homem, o humano em sua totalidade, sejam corretamente percebidos. Existe uma batalha bem orquestrada por correntes políticas e culturais com recursos de organizações não governamentais estrangeiras e nacionais que buscam se não a supressão pelo menos o ofuscamento das diferenças sexuais. É necessário relembrar que o projeto de Deus é o ser humano homem e mulher.
O homem e a mulher precisam descobrir “ a igualdade em dignidade e a unidade dos dois, a radicada e profunda diversidade entre masculino e feminino, e a sua vocação à reciprocidade e complementaridade, à colaboração e à comunhão”( Carta Apostólica sobre a Dignidade da Mulher, Papa João Paulo II).
O fundamento da unidade dual do homem e da mulher é a criação à imagem e semelhança de Deus, criando-os homem e mulher, não permitindo uma indistinta uniformidade e uma rebaixada e empobrecedora igualdade bem como uma conflitual e abissal diferença.
Correntes culturais e políticas têm por objetivo confundir, ofuscar ou eliminar as diferenças sexuais que são próprias da natureza humana, vendo-as como uma construção cultural. É imperativo recordar que no projeto original de Deus o ser humano existe como homem e mulher, na unidade e na diferença, que é originária e complementar.
A natureza humana integra-se com a dimensão cultural através de um processo amplo e complexo, formando a própria identidade, onde as dimensões feminina e masculina se correspondem e se complementam. “Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” (Gn 1,27).
O gênero humano têm início com o chamado à existência do homem e da mulher. Os dois são seres humanos em grau de igualdade. Homem e mulher são pessoas em igual medida. Segundo o relato bíblico a mulher foi criada por Deus da costela do homem. Ela foi colocada como um outro eu, uma interlocutora junto ao homem, porque no meio das criaturas animadas o homem está sozinho, não encontrando entre elas uma “auxiliar” adequada.
A mulher chamada à existência é reconhecida pelo homem “como carne de sua carne e osso dos seus ossos” (Gn 2,23), sendo por isso chamada precisamente mulher. Na linguagem bíblica o nome indica a identidade essencial em relação ao homem, uma realidade que as línguas modernas não conseguem exprimir. Do ponto de vista da humanidade pode-se reconhecer através do texto bíblico a igualdade essencial do homem e da mulher.
Os dois desde o começo são pessoas, diferente dos outros animais vivos que circunda os seres humanos. A mulher é um outro “eu” na comum humanidade. Unidade dos dois é como aparecem desde o início, superando a solidão originária, na qual o homem se encontrava. Desde o
