Lara Magri cultua a tradição da griffe do pai

20 de Agosto de 2025

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Lara Magri cultua a tradição da griffe do pai
Brazilino Magri é um profissional da agulha que venceu na carreira. Vindo de Cosmorama para Fernandópolis, aos oito anos ele já trabalhava como ganchinho em alfaiatarias. Em 1974, criou sua etiqueta que hoje é referência na moda regional. O “sucessor”, ele foi encontrar em sua própria casa, só que vestindo saia: a filha Lara Magri, ou Lara Lícia Ferrari Magri Cavalin, administradora de empresas, casada com Julio e mãe de Raul, de 1 ano e quatro meses. Apaixonada pela empresa paterna, Lara buscou em cursos de pós-graduação elementos para aplicar na Brazilino Magri e agregar valor à marca. O velho Braza deve estar feliz: além de tudo, a filha é palmeirense como ele.  
CIDADÃO: Você tem aplicado nas empresas Brazilino Magri o aprendizado do seu recente curso de pós-graduação em Moda na FAAP?
LARA: Na verdade, antes de fazer esse curso passei muito tempo pesquisando, porque cursos sobre Moda no interior, praticamente não se encontra. Eu sou graduada em Administração de Empresas. Daí, há três anos apareceu essa oportunidade em Ribeirão Preto, onde a FAAP mantém atualmente um campus. Fui fazê-lo com o objetivo de agregar valor à marca. Além disso, eu observava que meu pai sempre procurou se atualizar, participando de congressos. Na área de alfaiataria, de roupa sob medida, ele nunca faltou aos eventos. Isso o manteve em contato com a Associação dos Alfaiates de São Paulo, que é muito unida. Achei que deveria seguir esse caminho, na área da Moda. Tinha que ter algum parâmetro no setor da moda que não fosse a própria referência paterna. Foi muito bom fazer esse curso, pois além de fazer contatos importantes, ampliei o leque de produtos que hoje são encontrados nas lojas Brazilino Magri.
CIDADÃO: Qual foi a grande conclusão a que você chegou, após o curso? Que orientação deu ao Brazilino? 
LARA: Eu o incentivei a trabalhar cada vez mais com a roupa sob medida, porque é um mercado que dá oportunidades imensas. Hoje, o alfaiate não é mais aquele profissional que fica atrás do balcão, com a fita métrica no pescoço. Hoje, ele é uma pessoa extremamente qualificada, porque correu atrás dessa instrumentalização. Em São Paulo há uma grande referência nesse sentido, o Ricardo Almeida, alfaiate que atende ao mercado de luxo e virou top das celebridades. Nós estamos buscando cada vez mais o aprimoramento, e eu estou com meu pai para isso: buscar novas técnicas, viajar, conhecer novas propostas. Mantemos hoje contato direto com o alfaiate que é presidente da associação dos alfaiates de Milão, na Itália. Não deixamos de pesquisar as novas tendências.
CIDADÃO: Nessa passagem do “artesanal” para uma produção mais “industrial”, ou em maior escala, a qualidade se mantém? Como isso é possível?
LARA: Essa é a nossa grande preocupação. Ao longo desses 30 ou 40 anos no mercado, meu pai sempre atentou para essa questão. A griffe Brazilino Magri começou em 1974, q