Na última terça-feira à tarde, estive a trabalho no recinto da Expô. Ao procurar o Marcos Mazeti na arena onde são realizados os leilões de gado, me deparei com o Humberto Zanin, que é um grande entusiasta dessas promoções.
O Zanin é também pescador fanático e idealizador do “Rancho da Mina”, no Taquari. Sem ele, provavelmente o rancho não existiria: foi ele quem descobriu o lugar, formou o primeiro grupo de sócios, comprou o imóvel e construiu o rancho.
Quando me viu, ele me chamou aos gritos: “Venha cá, quero te mostrar uma coisa!”. É que, naquela noite, haveria leilão de gado geral, e o pessoal estava preparando um boi e um porco no rolete, no terreno atrás da arena.
O boi até que era de tamanho normal, mas o porco era grande pra burro! Claro que aproveitei para fazer umas fotos do Zanin ao lado do boi assando.
Zanin olhou bem para o grande assado e comentou: “Rapaz, estava aqui pensando: metade desse boi poderia ser a isca do jaú que fisgamos na última pescaria lá no Rancho da Mina...”
“Como assim?”, indaguei. E o Zanin, com aquela cara cínica de que só ele é capaz, me contou a estória:
“É o seguinte: na nossa última pescaria, pegamos um jaú de 130 quilos! O peixe era tão grande, mas tão grande, que nós evitamos tirar fotografia dele para que não nos chamassem de mentirosos. Iria ter gente dizendo que a fotografia era montagem. Então, dividimos o peixe quietinhos, eu, o Celião e os outros dois companheiros. Mas que aquele jaú, com uma mordida, comeria metade deste boi, isso você pode ter certeza...”
