A presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em Votuporanga no último dia 26 para autorizar o início das obras de duplicação da Rodovia Euclides da Cunha pode ter sido mero jogo de cena.
Naquela data, autoridades de toda a região estiveram em Votuporanga para testemunhar o que deveria ser um momento histórico o anúncio dos trabalhos de duplicação da principal rodovia do noroeste paulista.
As empresas que venceram a licitação (Constroeste, Conter, Serveng/S.A.Paulista e Bandeirantes) iniciaram a limpeza de alguns trechos laterais da pista, porém a maioria das máquinas não saiu dos canteiros. Alega-se que isso se deve à falta de licença ambiental, que, segundo se afirma, não estaria plenamente liberada.
Fonte ligada diretamente à obra garantiu que a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) teria autorizado apenas alguns procedimentos na SP-320. Esses procedimentos, contudo, estariam relacionados com outros procedimentos ainda não autorizados, o que impossibilitaria o início da duplicação propriamente dita. "Se não posso fazer um aterro, não posso fazer o resto, explicou aquela fonte.
O mesmo informante disse que não há previsão do tempo necessário para uma solução. As empresas já se mostram preocupadas com a lentidão dos procedimentos burocráticos, já que contrataram equipes que estão à disposição e recebendo salários. É o caso da Conter, que empregou 120 pessoas.
Todo o equipamento da empresa estava na base operacional da Polícia Rodoviária desde o dia da solenidade com a presença do governador. A previsão era de que a obra fosse concluída em 24 meses. O investimento total será de R$ 775 milhões.
Alckmin anunciou ainda a duplicação de 3,6 km da Rodovia Péricles Belini, em Votuporanga, e 1,8 km da Rodovia Percy Semeghini, em Fernandópolis.