Faculdade de Fernandópolis é destaque na área de Paleontologia

20 de Agosto de 2025

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Faculdade de Fernandópolis é destaque na área de Paleontologia
Nos últimos anos pesquisadores da Fundação Educacional de Fernandópolis conduziram pesquisas científicas na área da Paleontologia que ganharam destaque, não somente nos meios acadêmicos, mas também na impressa escrita e falada do país.
Estes trabalhos resultaram em algumas conquistas, tais como: a autorização para trabalhar com fósseis, expedida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) à Fundação Educacional de Fernandópolis, que assim pode montar o maior acervo de fósseis da região em suas dependências - 155 exemplares, angariados de escavações e doações, provenientes de várias regiões do Brasil e com idades estimadas entre 20 e 400 milhões de anos; também rendeu uma tese de doutorado, defendida pelo Prof. Dr. Carlos Eduardo Maia de Oliveira na UNESP de Rio Claro, e a aprovação de um projeto científico pelo CNPq (órgão de fomento a pesquisa) no valor de R$39.000,00 para o prosseguimento das pesquisas.
O laboratório de Paleontologia da FEF, onde se encontra o seu acervo de fósseis, conta com vários exemplares como costelas, dentes e pedaços de fêmur de dinossauros, ossos, ovos, crânio e ninhos de crocodilos pré-históricos, cascos de tartarugas pré-históricas, dentes de tubarão de 20 milhões de anos, répteis primitivos como o mosassauro, dentes de plesiossauro, além de peixes pré-históricos, madeiras fossilizadas e muitos outros.
Em 2004 as pesquisas foram iniciadas e o primeiro fóssil encontrado foi em Fernandópolis, numa região de afloramentos rochosos – tratava-se de uma bacia de um crocodilo pré-histórico. A partir daí, o professor de Biologia da FEF, Carlos Eduardo Maia Oliveira, deu continuidade ao trabalho de Paleontologia em nossa região, encontrando fósseis nas cidades de Jales, General Salgado, Auriflama e Turmalina, além de obter doações do DNPM de Brasília - DF e São Paulo – SP.
Destaca-se hoje a mais recente descoberta dos pesquisadores da FEF, ovos de crocodilos pré-históricos denominados Baurusuchus (lê-se baurusucus), que viveram há 85 milhões de anos na região, o que rendeu a publicação em uma revista internacional, a Palaeontology, periódico científico ligado à Associação Paleontológica Britânica e de grande prestígio internacional e que é distribuída em centenas de países em todos os continentes do mundo. A publicação em uma revista de prestígio internacional torna a nossa região conhecida no meio científico, tanto que os pesquisadores da FEF já estão recebendo pedidos de universidades europeias para enviar cópias do último artigo publicado. O artigo em questão tem como autor o Prof. Dr. Carlos Eduardo Maia de Oliveira (professor de Paleontologia da FEF) e os seguintes co-autores: Prof. Dr. Rodrigo Miloni Santucci (professor da Universidade de Brasília), o Prof. Dr. Marco Andrade Brandalise (paleontólogo ligado a Universidade de Bristol – Inglaterra), o Prof. Dr. Vicente José Fulfaro (in memorian – professor da UNESP de Rio Claro), Prof. Ms. José Alberto Felipe Basílio (professor da FEF) e Prof. Dr. Michael J. Benton (professor da Universidade de Bristol – Inglaterra e consultor científico da rede britânica de televisão BBC).
“É bom que a população saiba que em nossa região existem fósseis de milhões de anos exibindo excelente preservação”, ressalta o Prof. Carlos Eduardo, que ainda complementou dizendo que espera com estes trabalhos, despertar a consciência de preservação e valorização do patrimônio fossilífero regional junto a população em geral e pesquisadores, pois os fósseis são importantes ferramentas utilizadas na compreensão do misterioso processo de evolução da vida”, relatou o professor.
O pesquisador da FEF ainda advertiu que leis federais proíbem a comercialização de fósseis no país, bem como a retenção dos mesmos em casa como objetos de decoração ou coleção. “Os fósseis podem ser unicamente objetos de pesquisa em instituições de ensino autorizadas e expostos em museus especializados”, segundo o Prof. Carlos Eduardo.
O laboratório de Paleontologia da FEF é um exemplo de acervo fossilífero autorizado pelo poder público para pesquisa e depósito de fósseis e está aberto à visitação mediante contato e hora marcados com o professor Carlos Eduardo.