Quatro pessoas presas provisoriamente durante a Operação Tamburataca da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal de Rio Preto foram liberadas na tarde de ontem. Elas tinham sido transferidas da Cadeia Pública de Catanduva para a sede da PF na noite de sexta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da PF, a liberdade foi antecipada (já que o prazo de cinco dias das temporárias vence amanhã) porque os presos (que não tiveram o nome divulgado) colaboraram com as investigações.
Outras três pessoas - sendo um empresário e duas mulheres - foram libertadas anteontem porque também colaboraram com o trabalho da polícia, que investiga um megaesquema de corrupção e fraude fiscal, praticado no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) da região. Dos 18 presos, 11 continuam atrás das grades - entre eles o ex-gerente regional do MTE, R. C., que foi exonerado do cargo por determinação do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
Além dele, permanecem presos os auditores fiscais J. E.G., de Fernandópolis, J. E. S. N., fiscal aposentado e ex-chefe do Posto do MTE de Votuporanga, o auxiliar administrativo J. S. N. N., filho de S., e o auditor A. P.. S. e G. são os únicos que tiveram prisão preventiva decretada e estão no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
Os demais aguardam deliberação da Justiça Federal na Cadeia Pública de Catanduva. A ação da PF foi deflagrada após denúncias de cobrança de propina para livrar empresários dos setores sucroalcooleiro e frigorífico de multas. Documentos, computadores e extratos bancários dos envolvidos foram apreendidos em 14 cidades, entre elas Catanduva, Jales, Fernandópolis, Estrela DOeste, Votuporanga e Rio Preto.
R.C. e os auditores presos são investigados pelos crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público), prevaricação, violação do sigilo funcional e formação de quadrilha. Já os empresários detidos podem ser indiciados por corrupção ativa e formação de quadrilha.
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