Arquiteto promete vedar fosso de obra abandonada

20 de Agosto de 2025

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Arquiteto promete vedar fosso de obra abandonada
Arquiteto promete vedar fosso de obra abandonada
No Jardim Santa Helena, o bairro mais nobre de Fernandópolis, há um terreno – precisamente na Rua Maria Rosa de Assis – que há tempos vem causando problemas e a indignação dos vizinhos.
Nesse local, há quase duas décadas, iniciou-se a construção de um edifício, pelo sistema de custo da obra rateado entre os condôminos. O empreendimento fracassou e a obra ficou abandonada. Na verdade, apenas o fosso do elevador e a primeira estrutura foram construídos.
O mato cobriu o terreno, e o fosso do elevador, que está descoberto, virou depósito de água das chuvas e criadouro de insetos – isso, numa região onde a incidência da dengue é alarmante.
Diante das reclamações dos vizinhos, o departamento de jornalismo da Rádio Difusora denunciou o problema no programa “De Olho na Cidade”.
O arquiteto Sérgio Agustini, hoje diretor de Planejamento do município, era um dos sócios no empreendimento e sua construtora Spazio – que não existe mais – era a encarregada da construção.
Na quarta-feira, o arquiteto prometeu em entrevista à Difusora que iria tomar providências, “embora eu não seja o único responsável”. Agustini vai arcar sozinho com as despesas de limpeza do imóvel.
Na entrevista, ele justificou que, depois que o empreendimento resultou infrutífero, “muita gente se mudou para longe, outros morreram, e está virtualmente impossível reunir os condôminos para dar destinação ao imóvel”.
O arquiteto contratou há quatro meses um advogado para notificar os condôminos ou seus sucessores. Preocupado com a repercussão do caso, Agustini fez questão de dizer que “tudo isso nada tem a ver com o meu cargo de diretor de Planejamento na prefeitura”.
Na quarta-feira, o mato tomava conta do terreno. O mesmo não se via no dia seguinte, quando o capim já estava tombado para receber aplicação de “mata-mato”. Agustini prometeu colocar um tapume sobre o fosso do elevador.
VIZINHANÇA
A dona-de-casa Vânia Viviane Gonçalves, que há sete anos mora na casa ao lado do terreno, afirmou que o problema é constante: “Do terreno vêm mau cheiro e muitos bichos, como pernilongos e até escorpiões. A árvore existente solta folhas que de vez em quando entopem as calhas”, garantiu.
Ela pede uma solução rápida e eficiente: “Espero que pelo menos limpem o local e lacrem esse fosso de elevador, que é um perigo”, finalizou.
NÚMEROS DA DENGUE
Dados fornecidos pela revista “Veja” mostram que a dengue triplicou no Brasil, de 2009 para 2010.
As ocorrências notificadas em 2009 chegaram a 333.876. Já no ano passado, o número subiu para assustadoras 999.688 notificações. Enquanto em 2009 registraram-se 226 óbitos, em 2010 o número subiu para 572 casos.