O Água Viva Thermas Clube de Fernandópolis não teve arrematantes no leilão realizado nesta segunda-feira, 28, pela Justiça do Trabalho. O leilão aconteceu em São José do Rio Preto.
Ninguém se arriscou a dar o lance mínimo de R$ 3 milhões - o valor da avaliação é de R$ 6 milhões. De acordo com o leiloeiro Rodrigo Rigolon, a existência de embargos judiciais incidentes sobre o imóvel pode ter afastado eventuais interessados.
O clube de Fernandópolis, que possui 44 apartamentos, piscinas, chalés, toboágua e várias benfeitorias, está assentado numa área de quase 15 alqueires em região nobre do município, distante apenas 2 km do perímetro urbano. Foi fundado no início dos anos 80, depois que um grupo de empresários goianos se interessou pela descoberta de água quente e termal no subsolo do município.
Em 29 de junho de 1976, o Poção I, da Sabesp, que fazia prospecção em busca de água para solucionar o então crônico problema de abastecimento da cidade, jorrou à temperatura de 58º. Era o embrião de um clube que chegou a ter fama nacional.
As dificuldades de aporte financeiro, porém, levaram ao clube à beira da insolvência. Ações trabalhistas de ex-funcionários chegaram à fase de execução, depois que a juíza Adriana Perin, da Vara do Trabalho de Fernandópolis, unificou as reclamações num único processo. Há informações de que as dívidas previdenciárias do Água Viva também são vultosas.