“Podem me cobrar trabalho”, diz Dimas Ramalho

20 de Agosto de 2025

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“Podem me cobrar trabalho”, diz Dimas Ramalho
“Já estou eleito e estou aqui. Não vou desaparecer. Podem me cobrar trabalho”, discursou o deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP), ontem na Câmara de Vereadores de Fernandópolis.
A visita foi agendada pela assessoria do parlamentar para agradecer pela expressiva votação recebida na eleição de outubro – foi o terceiro deputado federal mais votado no município.
A princípio, o também deputado federal João Dado (PDT-SP) deveria acompanhar Ramalho na visita a Fernandópolis. Uma dor de dente impediu que o pedetista fizesse parte da comitiva.
O evento político ganhou coloração suprapartidária, já que oito dos dez vereadores de Fernandópolis compareceram: André Pessuto, Dorival Pântano, Candinha Nogueira, Creusa Nossa, Rogério Chamel, Julio Zarola, Etore Baroni e Neide Garcia. A vereadora Maiza Rio só chegou ao final.
Militantes do PPS (Fausto Pinato, José Carlos Pavani, Jocelino Silva e o presidente Wilson), do PT (Rober Caetano, Macarrão Teixeira), do PDT (Claudio Boutros), do PV (Renato Colombano) e do PMDB (Raul Biscaro, Henri Dias) prestigiaram o encontro.
Composta a mesa pela presidente da Câmara, Creusa Nossa, a palavra foi dada ao juiz de Direito Evandro Pelarin, que falou em liberdade de expressão – “nós, juízes, também temos direito de dar nossa opinião” – e disse que Dimas Ramalho “é um grande deputado que merece nossos aplausos”.
A prefeita de São João das Duas Pontes, Nilza Bozeli, saudou o parlamentar e exprimiu seu desejo de que Ramalho “faça um bom trabalho pela região”.
O presidente da 45ª Subseção da OAB, Henri Dias, afirmou que “é gratificante contar com deputados ilustres nos representando em Brasília” e cumprimentou Ramalho em nome do diretório local do PMDB. Terminou dizendo que “há vários partidos aqui, todos buscando o melhor para Fernandópolis e região”. Mencionou a presença do delegado Raul Bíscaro, presidente peemedebista de Fernandópolis.
“FORÇA NOVA”
Falando em nome dos empresários de Fernandópolis, Renato Colombano lamentou a impossibilidade da vinda de João Dado e conclamou Ramalho a lutar pela região na Câmara Federal: “É bom saber que existem deputados com a sua ética e a sua competência lutando por nós no Congresso”.
Colombano afirmou ainda: “Saiba, senhor deputado, que em nossa cidade existe hoje uma nova força política, constituída por pessoas idealistas que querem resgatar os princípios democráticos e lutar pelo ideal comum que é o desenvolvimento da nossa cidade”. O empresário citou os membros do PPS, do PT, do PDT e do PMDB.
Fausto Pinato, assessor do deputado, declarou que “falava com o coração”: “Eu poderia hoje encerrar minha história política em Fernandópolis, porque agora a cidade tem futuro político. Finalmente, os coadjuvantes se uniram para buscar espaço entre os protagonistas”.
Para demonstrar a força do grupo, Pinato mencionou o fato de que ele poderá contar com o apoio de quatro deputados (caso Itamar Borges, do PMDB, seja empossado).
A vereadora Creusa Nossa, do PDT, também lamentou a ausência de João Dado e se disse feliz com a presença de Ramalho, “um deputado de nível que pode resgatar a credibilidade da classe política”. A presidente encerrou dizendo: “O senhor é um homem de bem”.
“REFERÊNCIA”
Finalmente, a palavra foi dada ao deputado Dimas Ramalho. “Fiquei impressionado como sou conhecido em Fernandópolis”, disse. O parlamentar havia percorrido algumas ruas da cidade pela manhã. Em seguida, desculpou a ausência de Dado: “Político também tem dor de dente”.
Brincou com Creusa Nossa: “As mulheres estão tomando conta da política do país” e homenageou o juiz Pelarin: “Ele é uma referência de Fernandópolis, o Brasil inteiro o conhece. Feliz a cidade que tem magistrados que andam pelas ruas, conversam com as pessoas, não se omitem”, assegurou.
O deputado também se dirigiu a Renato Colombano: “Você fala bem, parece um parlamentar discursando. Continue assim”. Depois, arrancou risos ao dizer que soubera minutos antes que Colombano é dono de uma agência funerária: “Fiquei meio preocupado, ele me olhava e parecia estar medindo minha altura...”
Ao presidente da OAB, Ramalho exteriorizou seu respeito à advocacia e afirmou: “A OAB é fundamental para a existência do estado democrático”.
Sobre Fausto Pinato, destacou a lealdade do assessor. “Já perdi e ganhei eleições. O que nunca perdi foi minha palavra. O Fausto pode contar comigo, estou ao seu lado”.
Por fim, Ramalho declarou que seu gabinete está à disposição de Fernandópolis e região. “Digo isso de coração, não é o político quem fala, é o amigo”.

DROPES

No meio do discurso de um dos oradores, o celular de um vereador tocou. O som do aparelho era a música “É pra acabar com os pequis de Goiás”. No último volume. Impassível, o vereador atendeu a ligação e se dirigiu para a ala dos banheiros.
Outro vereador e um repórter de jornal da cidade decidiram estacionar seus carros em local proibido, atrapalhando a saída dos automóveis da prefeita de São João das Duas Pontes e do repórter de CIDADÃO. E não é a primeira vez que esse vereador age assim.
Dimas Ramalho declarou que é palmeirense. “Roxo”, classificou. Depois do final do ato, alguns dos presentes, palmeirenses descontentes com a situação do clube, cercaram o deputado e “pediram” um centroavante. Uma voz falou atrás da roda: “Ninguém é perfeito!” Perguntado, o sujeito se declarou corintiano.