C-Comunic complementa projeto editorial, diz Glenda Scandiuzi

20 de Agosto de 2025

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C-Comunic complementa projeto editorial, diz Glenda Scandiuzi
Quando chegar às bancas, no início de março, a revista C-Comunic marcará o nascimento de um novo estilo editorial em Fernandópolis. Com projeto gráfico diferenciado e inovador, C-Comunic tratará temas da cidade e região de forma aprofundada, permitindo ao leitor ir além da mera informação pontual. “Nosso objetivo é, além de transmitir informações, discutir as origens dos fatos e como eles afetarão, individual e coletivamente, cada um de nós”, Explica Glenda Scandiuzi, a diretora da revista. Formada em Comunicação Social, com habilitação em publicidade e propaganda pela Unifev e vasta experiência profissional em Fernandópolis, Glenda é diretora do jornal CIDADÃO e da agência de publicidade que leva o mesmo nome da revista. Ela garante que a nova publicação terá “uma linguagem leve, com predomínio de temas ‘alto astral’ e articulistas de texto moderno e sintonizado com a atualidade”. Apesar de tantos compromissos, ela ainda dá um jeito de se atirar a projetos humanitários, como a campanha recentemente lançada em favor das vítimas das chuvas na serra fluminense. Sem deixar de se dedicar a Juca, Dudu e Fernando, claro.
CIDADÃO: A C-Comunic é uma revista do jornal CIDADÃO?
GLENDA: A revista é um produto do CIDADÃO, porém independente em sua linha editorial, com vida e estilo próprios. Na pauta, haverá destaque para assuntos de interesse regional em setores como agricultura, pecuária, economia e modo de vida, além de informações dirigidas especialmente à mulher, com dicas de saúde, moda, beleza e comportamento. A questão da mulher se tornou naturalmente uma das nossas ‘peças de resistência’ até porque a revista será produzida principalmente por mulheres. Isso não significa que será um Clube da Luluzinha. C-Comunic trará em suas edições tudo o que de mais importante irá acontecer no mês em termos de eventos regionais – shows, manifestações culturais de qualquer natureza. Personagens da região serão periodicamente entrevistados sobre assuntos de suas áreas de atuação. Apostamos nessa postura diferenciada. A comunicação é hoje uma teia complexa, onde às vezes surgem espaços para ideias alternativas. Apostamos nesse nicho editorial.
CIDADÃO: Além da revista, você criou a agência de publicidade C-Comunic. Qual a análise que você faz do mercado regional para os publicitários?

GLENDA: O profissional de publicidade nunca vai ter dificuldades para encontrar trabalho. As empresas e seus comandantes precisam de alguém que crie por eles, que fique de olho no mercado e que tenha as idéias certas para determinado momento. Na maioria das vezes o conceito está ali, criado bem à frente, mas falta o olho clinico. Esse tipo de profissional encontra trabalho em qualquer lugar. Nossa região tem ficado cada vez melhor nesse setor, mas ainda precisa entender a importância de um publicitário em sua empresa, campanha ou produto. Ter um profissional de publicidade ativo rende economias. Quando o empresário descobre essa importância já é meio caminho andado. E isso está cada vez mais comum. Basta analisar os últimos anos para perceber o crescimento do número de profissionais como esse, já inseridos no quadro de funcionários das empresas. É surpreendente.

CIDADÃO: Outra atividade que você desenvolve é assessoria para a Associação de Voluntários no Combate ao Câncer de Fernandópolis, a AVCC. Como tem sido essa experiência, especialmente no aspecto pessoal?

GLENDA: Com o trabalho na AVCC, faço as duas coisas de que mais gosto: trabalho com comunicação e vivo de perto o voluntariado. Sempre achei que é preciso fazer algo mais, a nossa parte. E lá é bem isso que vivenciamos todos os dias. É incrível, mas existem pessoas que dormem e acordam pensando no bem do próximo. A minha missão lá é levar para fora o que é feito lá dentro. Infelizmente os índices apontam um crescimento muito agressivo no número de doentes, num futuro próximo. Fala-se em aproximadamente 250 mil novos casos em um prazo de um ano na região sudeste do país, e ninguém sabe quem será a próxima vítima. Isso deixa as pessoas preocupadas e a resposta desse sentimento vem em trabalho. O voluntário tenta amenizar a situação. E consegue, os resultados estão aí. A AVCC cuida dos pacientes graças ao voluntariado. O hospital atende muitas pessoas de graça e não deve um centavo. Isso não é milagre, é voluntariado. E aí meu trabalho fica fácil porque divulgar o bem é muito bom.

CIDADÃO: Juntamente com a escola Wizard e a Jet Copy, você lançou uma campanha de ajuda às vítimas das chuvas no interior do Rio de Janeiro. Na verdade, você vive participando de promoções humanitárias. É uma característica sua ou isso vem do berço?

GLENDA: Acredito que sejam os dois fatores. Eu realmente acho que cada um precisa fazer a sua parte. E eu tento fazer a minha. Sempre que posso ajudo mesmo, ligo para os amigos e saio pedindo. Não há nada melhor no mundo do que a sensação de fazer o bem. Quando uma pessoa pede alguma coisa em público é porque já esgotou todas as possibilidades. E se você tem como ajudar, por que não fazer? Aprendi isso em casa e hoje passo para os meus filhos.

CIDADÃO: De que maneira você vê fatos como a perspectiva do advento da ZPE ou a morosidade na duplicação da Rodovia Euclides da Cunha?

GLENDA: Torço muito pelo sucesso da ZPE, creio que um projeto dessa magnitude trará desenvolvimento para a região e empregos para os nossos jovens. Espero que os obstáculos que naturalmente surgem sejam afastados. Quanto à questão da duplicação, até aceitaria se o governo falasse francamente com a população: “Olhem, não temos recursos no momento, precisaremos deixar essa obra para mais tarde”. O que não aceito é o uso político da duplicação que fazem rotineiramente a cada quatro anos. Tenho pena de quem votou acreditando nessas promessas.

CIDADÃO: Com tantas atividades, sobra tempo para ser mãe e mulher?

GLENDA: Tem que sobrar. Ser mulher é exatamente isso, dar conta do recado e ficar de bem com a vida. Meus filhos são meus amigos e acabam me dando uma força, entendem o meu trabalho e gostam da minha profissão. Tento passar para eles a importância e a força que o respeito tem. Nós nos respeitamos muito e por isso a relação fica mais leve. Antes deles serem meus companheiros, eu sou companheira. Tivemos dificuldades em alguns momentos, quando talvez eu não tivesse a maturidade necessária para exercer com sabedoria o papel de mãe. Hoje, estamos muito felizes, mais rimos do que choramos. O único problema é que os violões e outros instrumentos já não estão cabendo no meu carrinho (risos).