Quem transitar pela Rodovia SP-320, a Euclides da Cunha, não poderá ultrapassar o limite de velocidade de 80 quilômetros por hora. Isso vale para veículos leves e pesados.
Placas indicando o limite de velocidade foram afixadas ao longo da rodovia nos últimos dias, mas não há notícia de que tenha havido qualquer campanha de esclarecimento à população.
O soldado Tarcisio, de serviço no posto policial situado entre Fernandópolis e Estrela DOeste, explicou que a Polícia Rodoviária recebeu um ofício do engenheiro José Eduardo, do escritório do DER em Votuporanga, dando conta de que, desde 26 de novembro passado, a SP-320 está sob a responsabilidade administrativa das empresas que venceram a licitação para duplicar a pista da rodovia.
Segundo o policial, essa redução do limite deve ser por questões de segurança e é provisória: Quando a duplicação estiver pronta, o limite poderá subir para 110 km/h, acredita.
A redução do limite de velocidade, que era de 100 km/h, abrange a pista toda, de Mirassol a Rubineia. Um funcionário do DER de Votuporanga não quis comentar o assunto e disse que isso só poderia ser tratado com a diretoria no escritório regional de São José do Rio Preto, que, por seu turno, garantiu que só a assessoria de imprensa de São Paulo poderia falar sobre a questão.
PERDA DA CARTEIRA
Devido à mudança, muitos motoristas estão sendo flagrados acima do limite. Há radares eletrônicos espalhados por todo o trajeto. Condutores que usam frequentemente a rodovia e há tempos conhecem seu limite acabam não notando as placas, e isso pode custar caro: quem for flagrado em velocidade superior a 20% do máximo estabelecido o que hoje corresponderia a 101 km/h perderá cinco pontos na carteira e pagará multa de R$ 127,69.
O motorista apanhado dirigindo a velocidade 50% superior à permitida terá sua carteira suspensa automaticamente. Hoje, essa velocidade equivale a 121 km/h. O mais incrível de tudo é que não se nota, em qualquer trecho da SP-320, quaisquer sinais de obras de duplicação.