Passados quase dois anos de um temporal que deixou casas alagadas e ruas deterioradas, moradores do Parque Paulistano, na zona oeste de Fernandópolis, ainda cobram da prefeitura o conserto dos estragos causados pela chuva.
Segundo Regina Boari, moradora da Avenida Florisbela, várias reclamações foram realizadas, mas até o momento nada foi feito. Há meses seu irmão, que mora ao lado, é obrigado a deixar o carro estacionado na garagem, pois é impossível passar pela cratera que se formou na frente das casas.
Antes de me mudar para esta casa, minha irmã Joana Boari morava aqui. A revolta dela foi tanta que até decidiu se mudar. Já estamos enjoados de reclamar, a Joana já foi pessoalmente à prefeitura, mas a resposta que ela teve é que a responsabilidade é da empreiteira, e a empreiteira diz que é da prefeitura. Virou jogo de empurra e nós continuamos no prejuízo. Eu até comprei terra para jogar nos buracos, mas não adiantou, explicou Regina.
A mesma reclamação faz a moradora Maria Aparecida Oliveira. É uma palhaçada isso o que estão fazendo, a gente procura andar direito, todos os impostos estão pagos e logo estará chegando mais um, e olha aí o que a gente recebe. Algum tempo atrás, a prefeitura jogou alguns caminhões de terra, mas terra não é asfalto. Eu preferia a outra prefeita, pelo menos ela fez o asfalto, esse nem assistência consegue dar. O que nos revolta é ver os gastos absurdos que a prefeitura está fazendo para embelezar a cidade, mas ele deve estar esquecendo que cidade bonita não é feita só de praças, o que adianta praças lindas e ruas nessas situação?, indagou Maria, que ainda disse que vários automóveis já caíram nos buracos.
O risco também é muito grande, já socorremos vários motoristas que caem dentro dos buracos, fora a dificuldade que a empresa Ciplafe encontra para sair e entrar com os caminhões da firma, explicou a moradora.
Já um morador da Rua Ulisses C. de Campos, Jair Amaro Hernine, disse que a antiga administração consertou sua rua, depois de várias reclamações. A atual não chegou lá nesses dois anos.
Para eu conseguir fui várias vezes reclamar na prefeitura. Mas dentro de uns três meses os funcionários já estavam aqui arrumando tudo, foi preciso 40 caminhões de terra para tapar a cratera que se formou em frente à minha casa nada, afirmou.
A prefeitura foi procurada pelo CIDADÃO, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
