Luiz Amarilha quer revelar talentos para as pistas de atletismo

20 de Agosto de 2025

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Luiz Amarilha quer revelar talentos para as pistas de atletismo
Em 1990, Fernandópolis sediou os Jogos Regionais e a cidade não contava com um fundista gabaritado para representá-la. O prefeito da época, Milton Leão, convidou o sul-matogrossense (nascido em Maracaju) Luiz Amarilha para a missão.
O atleta já conhecia a cidade, pois havia participado de uma prova organizada pelo Lions Clube em 1985. Começava ali um caso de identificação entre Amarilha e a comunidade. Em 1992, ele se casou com a fernandopolense Soraia Márcia Beata. Tiveram duas filhas: Caroline e Gabriele.
Corredor do primeiro time, Amarilha percorreu o mundo disputando provas e cumprindo programas de preparação. Correu em vários países da Europa, nos EUA, Japão, Nova Zelândia e uma infinidade de outros lugares do mundo. Disputou cabeça a cabeça com atletas recordistas como Paul Tergat, do Quênia.
Na corrida internacional de São Silvestre, que acontece em São Paulo sempre no dia 31 de dezembro, Amarilha obteve boas classificações, nas várias vezes em que participou. Chegou a um sexto lugar, seu melhor resultado. Outras classificações foram sétimo, nono e 11º lugares.
No início dos anos 90, era comum vê-lo passando em velocidade pelas ruas da cidade. “Mas geralmente eu treinava em regiões com clima mais adequado, como Campos do Jordão, Atibaia e Itatiba”, explica. Questões de temperatura e umidade relativa do ar.
A grande dificuldade – num tempo em que, garante ele, o nível dos atletas era bem mais elevado – era a distância da família: “Ficava dois ou três meses sem ver minha mulher e filhas, não era fácil”, relembra.
Depois que parou de correr, Amarilha ganhou vários quilos. E também tempo para curtir a família, que o acompanha em caminhadas pelas avenidas de Fernandópolis. É conhecido por quase todo mundo. O ex-corredor é hoje um fernandopolense de adoção.
Amarilha agora quer ver seu projeto – a “Corrida pela Vida” – dar resultado e se transformar numa referência no calendário do atletismo. “Espero que dê certo, e que, futuramente, possamos trazer até os quenianos para correr em Fernandópolis”, diz.