Mastro de 30 metros não oferece riscos, assegura engenheiro

O mastro fincado na “Praça Dr. Fernando Jacob” por um guindaste na última quarta-feira, 10, literalmente parou o trânsito do centro da cidade e suscitou discussões e as primeiras piadinhas.
Com 30 metros de altura, a haste sustentará a bandeira do município de Fernandópolis. É dotada de holofotes giratórios e luz de sinalização no topo, exigência ligada ao tráfego aéreo.
A novidade levou muita gente à praça, que num passado remoto se chamou “Coutinho Cavalcanti” e, posteriormente, “Praça da Liberdade”. Anos depois, um projeto aprovado pela Câmara de Vereadores a denominou “Dr. Fernando Jacob” – advogado cujo busto será afixado no local.
Numa roda de conhecidos que se formou defronte ao Nosso Bar, a poucos metros do mastro, a discussão era sobre os riscos que ele poderia trazer em dias de temporal. “Esse mastro é de ferro, pode ser que ele atraia raios”, comentou um aposentado.
Não demorou muito para que alguém dissesse que o espelho d’água existente ao pé do mastro poderia servir de conduto para uma descarga elétrica. Entre os engraçadinhos, surgiam os primeiros apelidos: “pau de sebo”, “pirulito”. Houve quem dissesse que o automóvel normalmente sorteado pelo comércio no final do ano será ganho por quem conseguir subir no tal “pau de sebo” e pegar o cupom afixado na ponta.
ENGENHEIROS
Por telefone, a reportagem de CIDADÃO ouviu um engenheiro da cidade sobre o assunto. Ele explicou que, nesses casos, o mastro normalmente tem que estar aterrado, devido a sua altura. Segundo ele, objetos mais altos podem efetivamente atrair raios, por se tratarem de um caminho mais curto para a descarga elétrica até a terra.
“Ou vão colocar um para-raios no alto da torre, ou utilizarão a própria haste como condutor, que será aterrada embaixo”, explicou. Quanto ao espelho d’água, só existiria riscos “se alguém estivesse nadando ali na hora da tempestade”.
Esse engenheiro, que por questões de ética preferiu não ter seu nome revelado, concluiu dizendo que “o João Hashijumie (engenheiro elétrico responsável pela obra) é um profissional meticuloso e certamente já tomou as providências nesse sentido”.
Na quinta-feira, Hashijumie declarou que isso já está resolvido e que realmente a técnica empregada foi a de utilizar o próprio mastro como condutor de eventuais descargas elétricas.